
No final de 2021, quando assumiu o Esportivo como presidente, o empresário Leocir Glowacki tinha um grande desafio: a retomada do clube à elite do futebol gaúcho. No primeiro ano de mandato, isso já foi alcançado. Com isso, em 2023, o Tivo estará novamente entre os clubes do Rio Grande do Sul. O objetivo principal é a permanência e, para isso, manteve a comissão técnica e 12 jogadores que participaram do título da Divisão de Acesso.
No clube desde 2018, Leocir teve experiência como diretor de finanças e agora terá o segundo ano como presidente. A atuação profissional é no ramo da indústria gráfica. Duas funções e experiências bem diferentes. Em entrevista ao Pioneiro, o mandatário comentou sobre a montagem do elenco para o Gauchão, projetos para melhorias na estrutura do clube e a possibilidade de SAF no clube de Bento Gonçalves.
Confira a entrevista completa:
Montagem do elenco
A gente trabalha caso a caso. Primeiro, a nossa disponibilidade de receita para investir no futebol. Em cima disso, buscamos os atletas que estão querendo entrar no mercado Gaúcho. Alguns terão a primeira oportunidade no Rio Grande do Sul. O perfil é ser bom de vestiário, que treina bem, temos jovens que buscam ascensão e temos experiência para mesclar. Além disso, tem que ser um bom profissional dentro de campo.
Chegada ao clube
Estou desde 2018 dentro do Esportivo. É um grupo de amigos empresários que estamos tocando o clube. A cada dois anos se renova. Em 2021, eu era vice financeiro e no ano passado, foi sugerido meu nome como presidente. Como já conhecia o clube, aceitei. Com o apoio da diretoria, do Conselho e as pessoas que vinculam suas empresas no Esportivo. No ano passado, fomos campeões da Série A2, trabalhamos com essa mesma linha de raciocínio de montagem do elenco e perfil de atleta e deu certo. Renovamos com muitos atletas e com a comissão técnica. É outro nível jogar o Gauchão. Esperamos fazer um ótimo campeonato.
Vice financeiro e Presidente
As duas funções são complicadas. O vice financeiro tem suas responsabilidades e acaba buscando recursos. O presidente se doa um pouco mais. Até brinco com o pessoal na empresa, porque o clube requer tempo. Fico mais tempo no Esportivo do que na minha empresa. A gente se doa para colaborar com a cidade de Bento Gonçalves e retribuindo um pouco. Sabemos da paixão pelo futebol e pelo Esportivo.
Experiência como empresário
Eu atuo no ramo de indústria gráfica. Tenho uma empresa que produz rótulos para as vinícolas e rótulos em geral. A experiência é bem diferente, porque eu tenho que ir em busca do meu cliente para ter a receita e o resultado. No futebol, é tudo muito dinâmico. As coisas acontecem muito rápido. O planejamento tem várias formas de acontecer, em função de uma lesão, proposta. Tudo que planejou pode mudar. Muitas coisas experiências do clube, consigo levar para a minha vida pessoal.
Hoje, não caberia exclusivamente ao presidente tomar uma decisão sobre SAF. Trabalhamos e estamos abertos, mas propostas não temos. Houve sondagem.
Melhorar estrutura
Temos algumas ideias que apresentamos ao Conselho Deliberativo. Não posso falar ainda, porque é um projeto. Já há um Croqui (esboço feito à mão). Teremos boas melhorias para o Esportivo. Queremos um clube sustentável. Passando por essa fase, teremos um Esportivo a longo prazo disputando campeonatos nacionais. É isso que buscamos. É um clube centenário e dentro dessas receitas, o projeto é buscar ainda mais investimentos dentro do nosso complexo da Montanha dos Vinhedos para poder investir mais no futebol.
Melhorias no futebol do interior
A gente sempre faz ao máximo. Fizemos uma melhoria no nosso gramado e um investimento. Sabemos que é difícil aqui na Serra. A grama ficou muito prejudicada por conta do frio. Estamos trabalhando no suplementar que sofre bastante com o inverno. Sempre vemos evolução nos campeonatos, na organização, de ajustes no regulamento e até em segurança e saúde dos atletas. A Federação vem trabalhando, que nos ajuda com esse suporte.
SAF no Esportivo
No ano passado, eu tive algumas cogitações. Nada formalizado e isso não cabe ao presidente. A gente tem um Conselho que pode responder por isso. Além do Conselho, tem a diretoria de patrimônio. Estamos como presidente da diretoria para executar o futebol. Hoje, não caberia exclusivamente ao presidente tomar uma decisão sobre SAF. Trabalhamos e estamos abertos, mas propostas não temos. Houve sondagem. Não houve proposta formal para apresentar ao Conselho. Tem que ser um projeto bom para o Esportivo.