A grande cobrança do torcedor do Juventude, neste momento, está quanto contratações. Os nomes anunciados para o Brasileirão até o momento não empolgam. Combinado a isso, o desempenho ruim no Gauchão aumentam a preocupação no objetivo de permanência na elite do futebol nacional. O vice-presidente Osvaldo Pioner, que está à frente do cargo desde 2019, explicou o planejamento para chegada de novo nomes.
— Não está faltando dinheiro para o futebol. Está faltando para fazer loucuras. Para fazer esse time competitivo que estamos sustentando desde 2019, nós acreditamos que é o suficiente. Fizemos uma reunião com toda a diretoria para sabermos do orçamento e poderemos aumentar um pouco a régua. Não é o suficiente para brigarmos com os caras lá de cima. Se nós tivemos força para permanecer na Série A por mais um ou dois anos, nós vamos brigar numa outra escala — comentou Pioner, que completou:
— Falamos diariamente, o Barbarotti e eu. O que nos conforta é que nós temos uma lista boa com possíveis nomes e estão em detalhes de situações, família. Isso está pesando muito. Entramos num nível de atletas que eles se preocupam com isso. A lista é boa e não são sonhos. São do nível que nós podemos pagar
O investimento do Juventude para a atual temporada novamente será o mais baixo do Brasileirão. A folha salarial deve chegar a um pouco mais de R$ 2 milhões.
— Eu quero também dizer, desde 2019 quando chegamos, estamos acertando pendências e terminando os exercícios com superávit. Esse ano será assim novamente. Fizemos um orçamento em torno de R$ 1,5 milhão para o Gauchão, que é bastante, por isso da nossa decepção. Agora, vamos ter uma aporte que vai bater R$ 2 milhões e um pouquinho. Nós temos R$ 4,2 milhões na conta na Copa do Brasil, com esse time que a gente critica. Estamos passando, se conseguirmos trazer mais três ou quatro contratações de porte e tiver um pouco de sorte no sorteio, vamos passar dos R$ 7 milhões. Esse dinheiro virá para o futebol e vamos aumentando a régua e a coragem para fazer investimento — disse Pioner, que também afirmou:
— O nosso teto, na verdade, está muito lincado com meritocracia. Nós evitamos trazer um salário relativamente alto. Temos algumas dificuldades por isso. O jogador pode conforme 60% de titularidade ganhar um bônus, 70% outro, 100% outro e assim vamos aumentando. Eu te digo que não tem nada, um pouco mais de R$ 100 mil e nada mais, mas poderão ganhar mais dependendo do que render. São formas que entendemos ser atrativos para os atletas.
CONTINUIDADE DO BARBAROTTI
O desempenho ruim do Juventude no início da temporada gerou um descontentamento do torcedor. O diretor-executivo Marcelo Barbarotti é o mais cobrado pelas contratações que ainda não deram o resultado esperado. No entanto, o processo de busca de novos reforços não passa somente por ele. Começa no departamento de análise de mercado e passa por outros setores do clube. A direção confia no trabalho dele e irá mantê-lo.
— Muita gente questiona do Barbarotti. Antes de qualquer resposta, como é o trabalho de avaliação. Passa por uma análise de uma pessoa, o analista de desempenho ou de mercado. Ele levanta todos os jogadores possíveis. Ele tem ferramentas para saber quando vence o contrato do jogador, quanto ele ganha, se está disponível. Todo esse levantamento. Depois passa para o executivo, que discute com a comissão técnica, se for evoluindo, entra o aspecto de valor e prazo de contrato e se aceita no final adquiri-lo. Passou disso, vem para a direção. Inicialmente, parava comigo que era a palavra final. De um tempo para cá, principalmente com o Gauchão, nós dividimos isso com a diretoria toda — explicou Osvaldo Pioner, que finalizou:
— O trabalho do Barbarotti é de um cara com um relacionamento muito grande com todos os clubes. É um cara muito ético e com valor dentro da associação dos executivos. São coisas que pesam. Algumas contratações que ainda não deram resultado e o torcedor acha que é pouco, a gente cobra com ele. Não passa pela mão dele somente. Se a gente trocar o Barbarotti, vamos trazer outro executivo que vai entrar neste circuito de trabalho. Não passa pela nossa cabeça o desligamento, porque ele tem muita coisa para nos ajudar.