A camisa 10 carrega um peso no futebol brasileiro por toda a sua representatividade dentro de campo. Peça importante no setor de criação de qualquer equipe, quem veste o número leva junto essa responsabilidade.
Na última partida do Caxias pelo Campeonato Gaúcho, contra o Novo Hamburgo, Diogo Sodré honrou essa atribuição. Decisivo na vitória por 3 a 1, o atleta fez um gol quando o Noia era melhor e deu duas assistências certeiras na segunda etapa para a vitória grená. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, nos Pavilhões da Festa Nacional da Uva, o camisa 10 grená falou sobre essa evolução em campo.
— Venho evoluindo treino após treino, jogo após jogo. Temos adversários difíceis e que estudam mais a gente. Fiquei feliz pela partida e por ajudar meus companheiros. Coletivamente, também teve dois ou três jogadores que fizeram a diferença para sairmos com a vitória — analisou Diogo Sodré.
Na sua primeira participação em um Campeonato Gaúcho, Sodré admitiu vivenciar um estadual bem pegado na marcação. O equilíbrio foi uma marca destacada pelo meia grená. Ele reforça que a meta do Caxias é de se classificar entre os quatro melhores nesta primeira fase.
— Está muito parelho, é a primeira vez que disputo o Gauchão. Mesmo uma equipe recém-promovida, como o Guarany, foi um jogo muito difícil. A gente sempre planeja vitória, espero que na última rodada a gente já esteja classificado. Saímos de duas vitórias, demos uma caída e contra o Novo Hamburgo reagimos, e voltamos a subir. Estamos bem focados e o pensamento nosso é a classificação — comentou jogador do Caxias.
"CLÁSSICO É CLÁSSICO"
Assim como se esquiva dos zagueiros do Gauchão, Sodré driblou a pergunta do favoritismo do Ca-Ju de sábado, às 16h30min, no Estádio Alfredo Jaconi. O atleta diz que esse debate fica para a imprensa.
— Sei que é um clássico, tem um gosto diferente. Vamos trabalhar firme essa semana para o jogo de sábado, que a gente precisa pontuar, queremos nos classificar entre os quatro — declarou o meia grená.
Ao longo da carreira, Diogo Sodré já disputou partidas com fortes rivalidades pelo país, como Paraná x Coritiba, e Remo x Paysandu. O jogador reforça que clássico é diferente e para sair vitorioso no Ca-Ju, elenca dois fatores fundamentais: inibir as jogadas do Juventude e aproveitar as chances criadas.
— Clássico é detalhe, o pessoal fala que não se joga, se ganha. É detalhe, estudar bem a equipe deles, a gente sabe as peças que têm lá, não é a toa que está na Série A. Sabemos da qualidade de cada um. Uma oportunidade ou duas que a gente tiver, tem que aproveitar e inibir o máximo o estilo deles de jogar, que se arma bem, tem jogadores rápidos pela beirada, tem um meia de muita qualidade, um volante que sabe jogar bem, a zaga também. Vai ser um jogo difícil, mas bom de jogar — justificou Diogo Sodré.
PASSAGEM PELO CATAR
Bem adaptado à Serra Gaúcha, o atleta teve atuação de destaque no Ypiranga de Erechim, em 2021. Amante da gastronomia e admirador de um bom vinho, o camisa 10 afirmou estar no lugar certo. Sodré também já atuou no futebol do exterior. Em 2012, atuou pelo El Jaish, do Catar. No país da Copa do Mundo de 2022, sentiu a diferença no nível técnico.
— O Brasil é o Brasil. A gente não troca o orgulho de ser brasileiro, mas estamos muito longe. Lá, em questão de segurança, você dorme com toda casa aberta. Se roubar lá, a regra é sinistra. No futebol, entre os três países, Arábia Saudita, Emirados e Catar, a Arábia é de um nível maior no futebol. O Catar deu uma elevada pela Copa. Tenho amigos até hoje lá — comparou Diogo Sodré, camisa 10 do Caxias.