A caminhada do Caxias do Sul Basquete na temporada 2021/2022 do Novo Basquete Brasil (NBB) começa nesta quarta-feira (27), contra o Minas, às 20h, no Ginásio do Sesi, a nova casa da equipe gaúcha. Para uma boa arrancada na principal competição da modalidade do país, o time do técnico Rodrigo Barbosa conta com jogadores que já fazem parte da história do Caxias Basquete em seus 15 anos de existência.
Além do ala/pivô Rubinho e do pivô Dida, que integram o grupo desde a fundação da equipe e têm um importante papel dentro do elenco, a temporada colocará do mesmo lado da quadra três jogadores que sabem bem o que é representar o Caxias Basquete: o armador Cauê Verzola, 33 anos, o ala Eddy, 34, e o ala/armador Pedro Mendonça, 26.
Cauê e Eddy viveram momentos diferentes no time e vão ter a primeira oportunidade de atuarem juntos no Caxias Basquete. Ainda assim, representam duas das principais lideranças do time nas últimas participações do Caxias no NBB.
Com características diferentes dentro da quadra perfis de liderança, os dois agregam como exemplos para o restante do time.
— Com o Cauê, tenho uma relação fora de quadra bem legal, nos conhecemos desde aquele ano de 2017 e mantivemos essa amizade. O Eddy conheci na temporada passada e é um cara que mostra. Ele fala pouco, mas a liderança dele é por exemplo. A mistura dos dois se completa legal — afirma Pedro, que teve a oportunidade de trabalhar com Cauê na histórica campanha do NBB 10, e com Eddy na última edição da competição, que marcou o retorno do time gaúcho à elite após dois anos afastado.
Além da ansiedade natural por conta da estreia na competição, a noite no Sesi marcará o reencontro do time com seu torcedor após três temporadas, já que no ano passado o time atuou sem público por conta da pandemia. Até para controlar o emocional do grupo com esse momento marcante para todos que estarão no ginásio, o papel dos líderes será fundamental.
— Uma boa equipe se faz com várias lideranças, e de vários tipos. Esse time tem essa característica e isso é muito importante. Vai ser uma noite cercada de muita ansiedade e vamos ter que controlar isso o mais rápido possível. Então é de extrema importância que nós, os mais velhos, façamos a nossa parte, trazendo esses jogadores novos para o nosso lado o mais rápido possível — projeta Verzola.
Grupo remodelado
Na temporada passada, Eddy tinha ao seu lado a presença de Shilton como uma das referências da equipe. Nesse ano, o pivô não acertou com nenhuma equipe e outros jogadores chegaram ao Caxias Basquete para cumprir essa função.
Para o ala, porém, não só os líderes do grupo cumprem a função de dar apoio, mas são peças importantes para um bom entrosamento.
— Quanto mais jogadores experientes, pessoas que agregam para o time, é sempre bem-vindo. Tanto os mais rodados quanto os mais novos. Se está somando, mesmo que pegando um simples copo d’água quando o outro está cansado, já agrega muito. Acredito que foram boas aquisições o Cauê, o Humberto, o Alejo, os outros que chegaram. E acredito também na permanência de alguns pilares da equipe para conseguirmos ter ainda mais sucesso do que tivemos na temporada passada — diz Eddy, que apesar de estar em seu segundo NBB pelo time gaúcho, terá o primeiro contato com o torcedor a seu favor.
O grupo do Caxias Basquete que estreia contra o Minas traz a vontade de quem ainda está buscando seu espaço, como os jovens que jogaram a Liga de Desenvolvimento (LDB) e foram integrados ao time de Barbosa, jogadores buscando afirmação, como Pedro, além dos mais experientes. Essa mistura é o que pode fazer o time chegar longe mais uma vez.
— Esse foi um time que montamos pensando jogador por jogador. Contratamos oito jogadores de fora, então tivemos que pensar bem, ver o perfil que estávamos buscando. Fomos buscar um time que tem uma identidade, uma identificação com a cidade, com o nosso trabalho. Estamos apostando nisso, de ter um time muito aguerrido e consciente do que tem que fazer — afirmou Barbosa.