![Porthus Junior / Agencia RBS Porthus Junior / Agencia RBS](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/27595769.jpg?w=700)
Três coisas são inegáveis na campanha do KTO/Caxias do Sul Basquete no seu retorno ao Novo Basquete Brasil (NBB). Primeiro, que o início do time na edição 2020/2021 tem sido mais difícil do que se imaginava. Segundo, que as atuações do segundo tempo contra o São Paulo e o jogo contra o Franca, mesmo com as derrotas, mostraram evolução da equipe.
O terceiro ponto, vem junto com a esperança de recuperação do time dentro do NBB para conseguir uma das vagas nos playoffs. A equipe gaúcha conta com uma das grandes promessas do basquete brasileiro para os próximos anos: o ala/pivô Túlio da Silva. Ele é uma das armas do Caxias Basquete para derrotar o Campo Mourão-PR, às 13h deste domingo (20), em Brasília.
O mineiro, de 24 anos e 2m03cm, passou seis anos nos Estados Unidos, entre basquete estudantil (Arlington Country Day School) e universitário (South Florida University e Missouri State University), e voltou ao Brasil neste ano. Contratado pelo Flamengo, foi emprestado ao Caxias do Sul para se readaptar ao estilo de jogo do país.
Na equipe gaúcha, tem evoluído junto com o time e mantendo um nível alto de atuação. Na média, tem pontuação de 13.6 por partida e 136 pontos no total, sendo o maior cestinha do time no NBB. Além disso, é o maior reboteiro da equipe, com 54 na competição. Mesmo que os resultados coletivos estejam vindo aos poucos, a adaptação de Túlio tem sido notória.
— Até agora está bem legal. Muito bom voltar ao Brasil e jogar com a garotada que eu conheci antes de sair. O time está entrosando ainda, estamos ajeitando alguns detalhes que precisa para finalizar os jogos bem. Até então, está muito bom — analisa o jogador, avaliando as diferenças entre o estilo de atuação no país e o que viveu fora:
— O basquete brasileiro é bem de passe de bola, estratégico. Diferente dos Estados Unidos, que é bem corrido com um jogo de uma tabela até a outra. E aqui tem jogadores de todos os lugares, bastante experientes, táticos e inteligentes.
Entre as boas marcas de Túlio pelo Caxias Basquete, estão os 23 pontos contra o São Paulo e os oito rebotes em três jogos. Ainda assim, o jogador sabe que o time precisa evoluir em alguns pontos, mesmo que muita coisa já tenha melhorado:
— Estamos rodando a bola bastante, passando para jogadores que são mais experientes. Eles dão bastante conceitos para nós, que somos da garotada mais nova. Mas temos que jogar forte todos os jogos, parando de errar bolas bobas que temos em alguns jogos e ter mais rebotes na parte defensiva, que vai nos ajudar bastante. Temos uma rotação bastante diferente de outros times. Estou fazendo o que o treinador vem pedindo para eu fazer. E o que eu puder fazer em quadra para ajudar meus companheiros de time, farei.
No domingo, o jogo contra o Campo Mourão será o último de Túlio da Silva no ano. Na terça-feira (22), o Caxias Basquete encara o Flamengo, no último jogo de 2020. Porém, por questões contratuais, o ala/pivô não poderá atuar contra o time que o repatriou. Ainda assim, ele estará forte no apoio ao seus companheiros.
— O Flamengo é um dos times que estão lá em cima no campeonato. Mas infelizmente não posso jogar contra eles, mas vou estar ali observando e apoiando o meu time, o que é muito legal também. Mas estou feliz para jogar contra o Campo Mourão e dar o máximo nesse jogo — conclui Túlio.