
O presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman, esteve reunido nesta terça-feira (5) com o governador Eduardo Leite para apresentar o protocolo para uma possível retomada do Campeonato Gaúcho, mas o encontro não teve uma definição de datas ou até uma previsão de volta da competição. Também participaram do encontro o vice-governador Ranolfo Vieira Junior, o Secretário de Esportes do Rio Grande do Sul, João Derly e o chefe de gabinete Paulo Morales.
Eduardo Leite recebeu o protocolo da FGF, mas vê como complexo o retorno, porque o Estado irá utilizar um isolamento controlado de maneira regionalizada, ou seja, cada região terá uma bandeira de isolamento e que será modificada seguindo dados técnicos.
Segundo o governador, o documento elaborado pela FGF será avaliado pelo comitê de crise para entrar no próximo decreto de distanciamento controlado, mas descartou a volta do campeonato neste momento.
— Especialmente difícil conseguir enxergar um retorno seguro ao futebol. O campeonato, como é Estadual, precisa de um regra uniforme no território, e o novo decreto vai pela regionalização. Cada região terá uma bandeira e poderá obedecer um protocolo mais rigoroso na semana, o que poderia significar que o campeonato então teria de seguir os critérios de acordo com alguma cidade diferente de outra. Pode comprometer a condição de jogos em determinadas cidades — comentou.
Eduardo Leite confirmou que qualquer evento durante o período de pandemia será sem público. Portanto, o futebol quando retornar, será sem torcida. Além disso, disse que atividades esportivas serão consideradas no próximo decreto e não descartou que seja possibilitado aos municípios liberar os clubes para treinos.
— Mesmo que déssemos a possibilidade de retomada do campeonato, levaria dois meses entre tempo preparatório de remobilização, treinos e período necessário para jogos. Então, é impossível fazer uma previsão do que teremos para os próximos dois meses — finalizou.
Federação Gaúcha
Nesta quarta-feira (6), o presidente da FGF, Luciano Hocsman, irá conversar com os representantes dos clubes e passar os encaminhamentos da reunião com o governador. A partir de agora, fica no aguardo da sinalização do governo.
— Nos resta aguardar. Temos diversas hipóteses. Temos que dar um passo de cada vez, sem pressão e atropelos. Sempre com muita responsabilidade — disse Hocsman em entrevista à Rádio Gaúcha.
Na conversa com o governador, a FGF apresentou algumas restrições no protocolo como número de pessoas nas delegações, higienização, testagem de 50 integrantes no retorno ao treinamento e 50 três dias antes de iniciar os jogos. Além disso, limite de jornalistas, fotógrafos e operação que envolve as partidas. Também foi levantada a hipótese de sede única, não descartada, mas será analisada. Também não se descarta, o cancelamento, mesmo que a intenção seja a conclusão em campo.
— A intenção da Federação é terminar o campeonato dentro de campo. Em nenhum momento discutimos encerrar antes — finalizou o presidente da FGF.