Foi histórico, emocionante, muito rentável. Mas já passou. É assim que a direção do Juventude encara a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil. Apesar da vitória dos pênaltis sobre o Vila Nova-GO ainda ser assunto entre torcedores e jogadores, o clube quer todos pensando num novo objetivo: conseguir o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro.
A justificativa inicial é bem simples, a projeção do próximo ano depende mais de um sucesso na Série C, do que propriamente um novo avanço na competição de mata-mata. O adversário ser o Grêmio, é outro agravante para focar na terceira divisão nacional e no jogo deste sábado, em Belém, diante do Paysandu.
– Esse assunto, dentro do vestiário, é proibido de falar. Temos um campeonato pela frente. Nesta hora não interessa colocar quase R$ 7 milhões em caixa, não interessa o esforço fora do comum para passar pelo Grêmio e não subir para a Série B. Estou muito preocupado de conseguir separar isso na cabeça deles (jogadores). É uma motivação diferente, os jogadores sabem disso. Mas nosso campeonato é outro – explica Osvaldo Pioner, diretor de futebol do Juventude.
O adversário das oitavas de final não traz boas recordações. Neste ano, foram três confrontos, com duas vitórias gremistas e um empate. Uma das derrotas do Ju foi no Jaconi e traumática: 6 a 0 para a equipe da capital, que depois se tornaria campeã do Gauchão. Apesar disso, nada de pensar em devolver um placar tão elástico.
– A única coisa que falamos sobre o Grêmio é a troca do gramado. Nosso campeonato é subir para a B. Não podemos tirar o foco disso. Claro que não tem como segurar isso nos jogadores, na torcida. Mas não tem revanche – acrescenta Pioner, confirmando a prioridade alviverde.