Desde que chegou ao Centenário, o atacante Ruan sempre foi direto em suas respostas. O Potiguar de Natal mostra em suas entrevistas uma tranquilidade que parece não condizer com seus 25 anos. Nesta segunda (20), ele atuou durante os 80 minutos do jogo-treino dos reservas diante do time sub-19 do Brasil-Fa, no CT Baixada-Rubra – vitória grená por 4 a 0. Fez gol, foi participativo e falou.
Titular na reta final da primeira fase do Gauchão, ele se lesionou na partida de ida das quartas de final, contra o Aimoré. Ficou de fora do jogo da volta e das semifinais, diante do Inter. Enquanto se recuperava, viu o clube contratar Márcio Jonatan e Michel. Voltou, mas viu a dupla que chegou assumir o comando de ataque. Ruan perdeu o lugar no 11 inicial de Pingo, mas não o desejo de estar em campo.
— Estou maluco para jogar. É muito ruim ficar ali no banco. A gente torce para os meninos, o Michel e o Márcio, para que dê tudo certo. Gosto daquela competição sadia. O cara que estiver jogando vai ter que estar bem, voando, porque a sombra que eles vão ter de mim, é saudável e positiva, mas eu quero estar bem. Futebol é oportunidades e quando aparecer para mim, quero aproveitar — afirmou Ruan.
Nesta Série D, o atacante entrou em duas oportunidades. Atuou 35 minutos contra o São Caetano, na estreia, e 12 minutos diante do Cianorte, no sábado passado. Se a lesão o atrapalhou no fim do estadual e no início da preparação para o Brasileiro, agora Ruan acredita viver a melhor fase de condicionamento:
— Hoje eu vivo meu ápice de preparação física. Claro, com o tempo que vai ficando sem jogar, vai perdendo um pouco. Mas agradeço ao George (Castilhos, preparador físico), porque hoje vivo um momento fisicamente muito bom.
Para retornar ao time, no entanto, Ruan sabe que terá que dar o máximo. A qualidade do time é o desafio para qualquer jogador que quiser ganhar uma chance no 11 de Pingo.
— É algo que me deixa feliz e motivado. A comissão montou um grupo que, como eu falo, se estivesse jogando uma Série B, estaria brigando lá em cima. A humildade que nosso grupo tem, a vontade, determinação e a coragem de jogar são espetaculares. O bom de ficar de fora é ver que nosso time é bom demais — concluiu Ruan.