O mais jovem dos reforços que o Juventude recebeu para a disputa da Série C é também um dos que mais gera curiosidade. O volante Christian, 18 anos, é o segundo nome que desembarcou no Alfredo Jaconi na parceria alviverde com o Athletico-PR — antes, o atacante Bruno Alves foi integrado ao elenco do técnico Marquinhos Santos.
Considerado como promessa na Arena da Baixada, o jogador terá em Caxias do Sul a oportunidade de consolidar muito daquilo que já se imagina a seu respeito. No início de 2019, Christian participou da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Titular da equipe sub-19, atuou as cinco partidas da equipe na Copinha.
A participação do Athletico terminou com a derrota, nos pênaltis, para o Mirassol, na terceira fase do torneio. Porém, a sequência do jogador foi positiva. Ele acabou integrado ao time de aspirantes, com o qual o rubro-negro disputou o Estadual.
Seis dias após a eliminação em São Paulo, Christian estava no banco no Paranaense. Menos de um mês depois, dia 10 de fevereiro, estreou contra o Cianorte. Foram sete partidas jogadas entre as 10 últimas do Estadual – todas no 11 inicial. Atuou por 544 minutos e sagrou-se campeão do segundo turno e do campeonato.
— É primeiro volante de combate. Tem boa saída de bola e um chute potente. Boa marcação para cima do adversário também — define Monique Vilela, setorista do Athletico na Rádio Banda B, de Curitiba.
Quem também valoriza as qualidades de Christian é Tiago Nunes. Técnico do time principal do Furacão, o ex-comandante do sub-20 do Juventude referenda o reforço contratado pela equipe alviverde para a Série C e sequência da Copa do Brasil:
— É um atleta que tem muita projeção aqui no clube. Até foi muito questionada a ida dele, porque é um menino que está tendo oportunidades, seria importante na continuidade do projeto do sub-20 e sub-23. Entendemos que ele tem totais condições, a médio prazo, de ser uma das revelações do Athletico. É um segundo jogador de meio-campo, com chegada na área e finalização.
Segundo o técnico, a passagem de Christian pelo Ju tende a ser benéfica também para o amadurecimento do jogador.
— Naturalmente, como um jogador desta idade, precisa de maturidade, um pouco mais de exposição para conseguir entender um pouco mais o ritmo do jogo, a competitividade que o profissional exige. Torço para que ele vá bem. Tecnicamente tem todas as condições. Agora, se vai conseguir entender a competitividade da Série C, as dificuldades de jogar essa competição, só o tempo e os jogos que vão dizer — diz Tiago Nunes.