O Caxias do Sul Basquete Benrisul está contra a parede. Perdendo a série de quartas de final por 2 a 0 para o Mogi/Helbor, só uma vitória interessa nesta sexta-feira à noite, às 21h, no Ginário Professor Hugo Ramos, em Mogi das Cruzes, para manter a equipe do técnico Rodrigo Barbosa ainda viva no NBB 10.
Logicamente, o momento da equipe não é o melhor e todas as atenções devem se voltar ao principal candidato de MVP da temporada, o ala Cauê Borges. Mesmo que o time não esteja jogando no seu melhor nível nestes dois confrontos, ele ainda se destaca. No jogo 1, que seu aproveitamento ofensivo foi menor que 50%, fez 21 pontos. No jogo de quarta, fez outros 17. E tanto ele, como o time num todo estão mordidos e não querem se despedir da série sendo "varrido".
— Depois da temporada que a gente fez, não queremos sair de um playoff perdendo por 3 a 0. Fomos derrotados em duas partidas, mas não baixamos a cabeça ainda não. Estamos de cabeça erguida e sabemos que tem muito coisa para acontecer — diz Borges.
Dos dois jogos, há ajustes por fazer. A ansiedade não poderá atralhar nesta noite, afinal é tudo ou nada para o time caxiense. Será preciso mudar os movimentos para conseguir confundir a boa defesa do Mogi. A aposta de verdade, virá pelo chamado "miss match": jogo de 1 contra 1 com jogadores de posições diferentes, onde quem tem a bola leva a vantagem na altura ou na velocidade.
— Eles fazem uma defesa de trocas e se ajudando bem entre si. Nesses momentos, os nossos homens mais altos teriam vantagem em baixo (no garrafão). Temos que achar a melhor forma de colocar essas bolas, porque estamos tentando forçar muito e tem que ser algo mais natural — analisa Borges.
Achar o tempo certo no ataque. Achar a marcação perfeita na defesa e barrar os três norte-americanos que comandam o jogo dos paulistas (Larry, armadorr, Shammel, ala, e Tyrone, ala/pivô). Os três combinaram para 48 dos 67 pontos de quarta-feira. São os dois lados da moeda que o time caxiense precisará se ater e ter uma atuação próxima da perfeição.
Aos torcedores, o recado é bem direto. Ao menos do MVP da temporada:
— Vamos jogar com a corda no pescoço. Mas a gente não pode ver isso como uma pressão ou de forma negativa. Tem que ver essa situação para entrar com mais determinação, mais foco e mais vontade de fazer as coisas — afirma Cauê Borges.
Agora é tudo ou nada para o Caxias Basquete. E sob pressão, Cauê Borges e companhia querem reagir, voltar para série, jogar em casa e, quem sabe, ser a grande zebra destes playoffs. No basquete, tudo pode se resolver na última bola e no último segundo. Tudo é possível e ainda tem quartas de final.