O presidente do Juventude, Roberto Tonietto, participou nesta quinta-feira da live no Facebook do Pioneiro Esportes. O mandatário alviverde, que esteve durante a semana no vestiário conversando com o grupo sobre o momento de oscilação no campeonato, espera uma reação rápida da equipe.
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Tonietto reafirmou a confiança em Gilmar Dal Pozzo e sua comissão técnica e disse que o clube precisa estar preparado e planejado para continuar na Segunda Divisão ou dar o salto para a elite. Confira os principais trechos da conversa:
A campanha até aqui
Roberto Tonietto: A gente colocou desde o início que o grande campeonato do ano para o Juventude é a Série B. Até pelo tempo que ficamos fora. Fizemos um esforço maior, um investimento maior agora no segundo semestre para jogar a B. Estamos entre os quatro desde a 3ª rodada. Então, no contexto, a campanha está muito boa.
Equilíbrio na Série B
– O equilíbrio é muito grande e os clubes estão bem estruturados. A cota de televisão do Juventude está entre as quatro menores do campeonato. Então, logicamente, nosso investimento não é dos maiores. Mas não é uma surpresa. A gente sabe da qualidade do elenco e da comissão técnica que está aí. Claro que ser líder do campeonato nas primeiras rodadas foi bom, surpreendeu um pouco, mas no contexto geral a gente esperava por isso.
Oscilação do time
– Queríamos essa oscilação? Não, não queríamos. Sabíamos dessa oscilação? Sim, sabíamos. A gente só não sabia quando e de que forma iria acontecer. É muito difícil um time manter um campeonato de ponta a ponta. Isso até acontece, mas a gente sabe de grandes clubes com grandes grupos, o que não é o nosso caso. Chegou o momento, oscilamos. Acho que não foi um só motivo: cansaço físico, uma certa acomodação. Aconteceu e a direção e a comissão técnica agiram rapidamente. Nesta semana, estivemos no vestiário, conversamos com atletas e fizemos ver a importância desse jogo contra o América-MG. É uma partida importantíssima.
Apoio do torcedor
– Claro que quanto maior o número de pessoas no estádio, melhor. No último jogo, tivemos uma noite de 1ºC ou até menos e um bom número de torcedores. Os quatro, cinco, sete mil que vêm aos jogos, estão ajudando e apoiando. Repito e reitero o convite de apoio para esse grande jogo contra o América-MG.
Conversa no vestiário
– São vários fatores para a oscilação. Manter o ritmo em todo campeonato, com a corda esticada e o grupo fazendo o possível, acredito que não conseguiríamos. Mas, todos estão envolvidos. Tive essa conversa com o grupo também no início da competição e coloquei que estamos todos no mesmo barco. Temos que juntos buscar o mesmo objetivo. Acredito que vamos retomar sim e buscar essa virada.
Questionamentos ao grupo
– A comissão técnica, tenho plena convicção, que é a ideal para esse campeonato. Eles conhecem muito bem a Série B e não é por acaso que estão no G-4. Quanto aos reforços, colocamos para a comissão desde o início que iríamos fazer um grupo dentro da realidade financeira do clube, sem fazer loucuras, sem atrasar salários. Acho que montamos um ótimo grupo e, dos 10 ou 11 que chegaram, ainda não vi nenhum erro de contratação. A comissão e o departamento do futebol tiveram essa capacidade. Mais do que reforços, estou muito mais preocupado em manter os atuais atletas, já que o assédio é muito grande. Se, for identificado, algum atleta pontual que vá nos ajudar bastante, vamos fazer esforço.
Assédio aos destaques
– Proposta oficial foi só a do Tiago Marques. Vários outros atletas tiveram sondagens, mas prefiro não colocar nomes para gerar qualquer expectativa ou dar uma informação mal dada. A gente recebe, trabalha na direção com muito cuidado. Claro que, se a gente receber um negócio muito bom para o Juventude, vamos fazer. Tem que ser bom para o atleta também. Mas, para ter alguma saída, tem que vir uma contrapartida financeira muito boa para que a gente consiga recolocar um atleta da mesma qualidade. Fora isso, pretendemos manter esse grupo.
A importância da B
– Hoje existe uma receita de televisão muito importante. Além disso, se aumenta o número de associados, os valores de patrocínios, a exposição de atletas que é fundamental para nós. Algo que não existia dessa forma na Série C. Com essa mudança de patamar, conseguimos melhorar estruturalmente o clube. Estamos trabalhando desde o ano passado e precisamos estar prontos para qualquer situação, seja uma permanência na Série B ou até mesmo para um novo acesso à Primeira Divisão.
De olho na elite
– Até arrisco dizer que da Série C para a Série B se sente menos a transição do que quando se vai para a Série A. A Primeira Divisão no Brasil tem uma dimensão muito grande, envolve muito investimento, receitas, muito dinheiro e o clube precisa ter esta estrutura. Não podemos esperar o dia 30 de novembro para saber se vamos jogar uma ou outra divisão. Estamos trabalhando com os dois cenários de orçamento e estrutura. Exatamente para, no final do ano, ter o planejamento e a organização para 2018.
O futuro na competição
– Vai ser um campeonato difícil. Mesmo liderando a competição, não nos iludimos como o melhor time do campeonato. O mesmo ocorre nessa oscilação, ou seja, não acreditar que somos os piores. Acho que têm seis ou sete times que vão brigar ponto a ponto até o final pelo acesso e essas quatro vagas só devem se definir nas últimas rodadas. Vai chegar lá quem conseguir manter essa concentração, ter um bom grupo. Estamos perdendo vários atletas por diversas questões e isso é normal, até pelas questões continentais do país, as longas viagens e o desgaste. Acho que o Juventude tem um bom grupo e vai ser uma dessas seis ou sete equipes.
O jogo de hoje
– Em um campeonato, existem jogos que são decisivos. Acredito que esse seja um deles. Se não formos bem, será mais uma partida, dois ou três pontos conquistados em 15. Uma boa vitória pode até nos colocar na liderança e dar a chance de retomar a campanha. Ontem (terça-feira), assisti ao treino, quase duas horas, e senti que o pessoal está querendo retomar. Tenho a convicção de que vamos dar essa virada a partir do jogo contra o América.
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