Direto de Fortaleza (enviados especiais)
Parece que o destino se dedicou exclusivamente nos últimos anos a escrever uma história que ligasse de alguma forma o Juventude ao Fortaleza. Os dois clubes que já disputaram a elite do futebol brasileiro, foram rebaixados juntos para a Série C em 2009 e já frequentaram até a D, agora se encontram neste domingo, às 19h, na Arena Castelão, em uma decisão que vale vaga na Série B de 2017 e a tão sonhada volta por cima dos últimos sete anos.
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– Temos que ter tranquilidade, paciência e jogar com inteligência. Venho falando que é o jogo mais importante para o Juventude nos últimos anos, e agora o clube passa por um momento bom, vem se reestruturando, aparecendo de novo no cenário nacional. Chegamos à decisão e não podemos deixar escapar essa chance de acesso – destaca o técnico Antônio Carlos Zago, que mantém o mistério sobre a escalação.
A decisão está rodeada de incertezas. Os dois times fizeram treinos com portões fechados na sexta-feira, a torcida do Fortaleza ainda busca nas redes sociais o nome do hotel onde a delegação do Ju está concentrada com o objetivo de fazer foguetório e o assunto na cidade é só o jogo. Há confiança por parte dos tricolores, mas há muito respeito também. Afinal, todo mundo viu na TV que o Juventude é capaz de fazer muita coisa, como vencer o São Paulo no Morumbi ou encarar o Atlético-MG de igual para igual no Mineirão.
Às vésperas da decisão, Zago evitou falar muito sobre o time, mas deu a entender que o zagueiro Klaus retoma a titularidade depois de estar suspenso na partida de ida e que Lucas pode ficar no banco de reservas:
– O Klaus, sem sombra de dúvidas, quando está 100%, é o meu titular. É um jogador que está comigo desde o começo no Juventude, mas tudo vai ser decidido antes de entrar em campo. Os que estiverem em melhores condições vão jogar. O Lucas vem treinando desde a semana passada, está em condições e só ficou de fora do primeiro jogo por precaução. Aparecendo a oportunidade, ele vai jogar.
Quando alguém lembra ao treinador alviverde que o Fortaleza volta a bater à porta do acesso pela quarta vez em cinco anos, ele prefere desconversar. Diz que é um jogo psicológico, mas não vê que a forte pressão do outro lado possa lhe favorecer.
– É uma outra história, é um outro ano, um novo treinador. Então, não temos que pensar tanto no Fortaleza. Temos que pensar no Juventude – afirma Zago.
O que todos concordam na capital cearense é que a decisão deste domingo será a mais tensa da história dos dois clubes na década. E só um deles vai conseguir dar um novo rumo em um destino marcado por derrotas, frustrações e quedas nos últimos anos. A partir da noite deste 9 de outubro de 2016, um deles vai dar a volta por cima. O outro vai continuar na sofrência por pelo menos mais uma temporada.