
No jogo de ida contra o São Paulo pela Copa do Brasil, o Juventude adotou uma estratégia diferente da habitual. Foi um time mais defensivo e apostou nos contra-ataques. Deu certo. Saiu do Morumbi com uma vitória por 2 a 1 e a vantagem para o jogo da volta, amanhã, no Alfredo Jaconi. A equipe pode até perder por 1 a 0, que ainda assim estará nas quartas de final. Mas, para esta partida, a estratégia poderá ser alterada.
– A postura dele (técnico Antônio Carlos Zago) e do nosso time é jogar para a frente. Lógico que lá nós defendemos um pouco mais, pelas circunstâncias da partida. Era no Morumbi, onde o São Paulo dificilmente perde. Mas acredito que em casa teremos que ter uma postura diferente, mais ofensiva – destaca o lateral-esquerdo Pará.
A estratégia de jogo será mantida sob sigilo por jogadores e comissão técnica. No entanto, com a vantagem no placar é difícil que o Ju vá atacar o São Paulo desde o início do confronto.A responsabilidade já está sendo transferida para o São Paulo, que disputa a Série A do Campeonato Brasileiro. Tanto que a atenção da defesa alviverde deverá ser redobrada.
– Acredito que eles vão vir fortes, principalmente nos primeiros minutos. Teremos que estar bem alertas. Claro, não ficar só se defendendo, porque essa é uma estratégia que a gente não pode adotar – crê o jovem zagueiro Klaus.
Se defender implica em um São Paulo jogando próximo do gol alviverde e aumenta a possibilidade de sofrer gols. E caso venha a acontecer, o nervosismo não pode tomar conta da equipe. Inclusive, esta é uma característica do time de Zago: a tranquilidade aparece nos momentos adversos. Fator positivo para que o Juventude mantenha o bom retrospecto nos matas.
– A comissão técnica passa essa tranquilidade. Se sairmos atrás no placar, ainda podemos buscar o empate ou a virada. Acredito que temos um pouco de sangue frio, devido a essa calma que passam para nós – relata Pará.
O momento exige calma. A partir de agora, serão 18 dias em que o Juventude poderá fazer história. Pode chegar às quartas de final da Copa do Brasil, algo que não consegue desde 1999, quando conquistou o torneio nacional, além de voltar à Série B (última vez foi em 2009).
– Desde a final do Gauchão, nós dizíamos que este grupo iria entrar para história do clube. Nós continuamos com esse sentimento. Teremos duas oportunidades: na Copa do Brasil e com o acesso – finaliza Klaus.