Com olhos arregalados e um sorriso aberto, Guilherme Foppa parecia não acreditar. Era difícil dele saber, mas quem estava ao seu lado, brincando e ensinando alguns movimentos durante a oficina de ginástica era Maurren Maggi.
No ano em que a atleta foi campeã olímpica, em 2008, ele nasceu, prematuro de seis meses. A falta de oxigênio atingiu diretamente os membros inferiores e desde então o garoto não consegue andar.
Só que se engana quem pensa que ele está preso a cadeira de rodas. A situação dele ainda é reversível, mas depende de uma cirurgia. Enquanto isso, Guilherme não tira o sorriso do rosto, e esbanja alegria e inteligência. Conversa com todos e se diz muito feliz por estar praticando ali, praticando um esporte.
- O que eu mais gosto é de futebol - sentencia.
Maurren ficou sensibilizada com a história de Guilherme. Acompanhou os pais Cristiano e Keli em muitos momentos das atividades. E o menino fez questão de passar por todas modalidades. Brincou de derrubar o professor no judô, arremessou a bola e andou passo a passo em cima da trave na ginástica. Pouco importava se ele precisava de alguma ajuda.
- A gente tenta incentivar bastante. Ele está numa fase que quer caminhar, ir para todo lado e conversamos muito com ele. Na escola, todos tem o instinto de querer ajudar - diz a mãe.
Quase duas horas depois, Guilherme foi com sua cadeira de rodas até a mesa onde Maurren autografava. Recebeu um abraço carinhoso e deixou o ginásio olhando o papel que tinha em mãos. Um incentivo a mais para continuar com o sorriso no rosto.
Motivação extra
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Maurício Reolon
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