Enquanto a maioria dos caxienses começava a correr para acompanhar a partida decisiva da Seleção Brasileira contra a Alemanha, o motorista Edvaldo de Jesus Fernandes, 33 anos, e a cobradora Arlete de Lima Sobrinha, 50, recém assumiam seus postos de trabalho. Durante e após o jogo, eles são os responsáveis pelo ônibus 588 da Linha 07 da Visate, que atende o bairro Pioneiro, na Zona Norte de Caxias. Os dois garantem que não se importam (tanto) em serem dos poucos que vão na contramão da maioria dos brasileiros em dia de jogo da seleção.
- Faz parte da profissão não assistir. Não dá para confundir as coisas. A gente se informa com passageiros que sobem e na parada final. Só assim não sofre tanto - descreve o motorista.
Arlete é ainda mais conformada:
- Quem trabalha com serviço essencial sabe que é assim. E, de mais a mais, se o Brasil ganha ou perde, pouco muda a minha vida. Mas se eu falto ao trabalho, aí muda. Ô, se muda!
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Para motorista de ônibus de Caxias, "faz parte" não acompanhar jogo do Brasil
Edvaldo de Jesus Fernandes se diz conformado com a condição, rara durante a Copa do Mundo