Antes da bola rolar, nervosismo puro e brincadeiras. Com a camisa amarela e a bandeira da Colômbia amarrada no pescoço, Daniel Vargas estava ansioso pelo grande jogo da sua seleção na Copa do Mundo. O motivo para as zoações era simples. O rival, o Brasil, tinha a torcida da namorada Roberta Tiburri e de quase todos amigos que acompanharam a partida em um apartamento no bairro Cinqüentenário. Quase todos, porque o dono da casa, Rafael Pinto, aumentava o coro colombiano.
Vargas está em Caxias do Sul há sete anos. É professor da UCS e produtor audiovisual. Não se considera um torcedor fanático, mas o patriotismo fica mais exacerbado no período da Copa do Mundo.
- Torcia pelo Nacional, na Colômbia, e quando vim para o Brasil, pela paixão do povo, comecei a acompanhar mais e torcer para o Inter. Quando joga a seleção colombiana é diferente - explica.
A perda do lesionado Falcão Garcia, principal astro da seleção, chegou a diminuir o entusiasmo para o Mundial, mas as grandes atuações de James Rodriguez, Cuadrado e companhia, fizeram Vargas acreditar em uma conquista inédita.
- O James está sendo o craque. O conjunto está entrosado e a equipe jogando muito bem - afirma o colombiano.
Com olhos vidrados na televisão e sofrendo com as brincadeiras de Roberta e a secação dos brasileiros, o colombiano se manteve nervoso durante todo o primeiro tempo. Nada de perguntas ou entrevista. Era só jogo. Para ele, a situação piorou após o primeiro gol brasileiro.
- Podem comemorar que é só para vocês ficarem confiantes - alertava após a explosão de euforia dos amigos.
O duelo continuou com a torcida dividida e brincadeiras de lado a lado. Com a emoção e o nervosismo de qualquer grande jogo de Copa do Mundo.
Confiança pela classificação
Colombiano e namorada caxiense dividem torcida em decisão por vaga na semifinal da Copa
Daniel Vargas e Roberta Tiburri acompanham o jogo desta sexta-feira na casa de amigos
Maurício Reolon
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