
O Hospital Pompéia tratou de enviar vibrações positivas para o padrinho Luiz Felipe Scolari, o Felipão, antes da Copa do Mundo. Funcionários e pacientes organizaram mensagens de apoio em um caderno que foi enviado ao técnico pelo correio. Durante a partida de estreia, quando o resto da cidade parou para torcer pelo time de Felipão, a rotina foi pouco alterada no hospital.
Com televisões ligadas em diferentes setores e pipoca distribuída pelo pessoal da cozinha, funcionários e médicos acompanharam um lance ou outro. A sala de lazer de funcionários ficou lotada no início da partida com direito a balão e vuvuzela. Cinco minutos depois, o mesmo espaço já estava vazio.
- O dever nos chama - justificou uma técnica de enfermagem apertando o passo corredor afora.
Já setores como pronto-socorro e bloco cirúrgico permaneceram alheios ao gol contra de Marcelo e ao empate patrocinado por Neymar no primeiro tempo. Áreas que não lidam com urgências, como o setor de diagnóstico e a portaria de serviço, não tiveram muito o que fazer. Sem pacientes ou fornecedores, só restou acompanhar o jogo.
- Eu até tentei achar algum aluno, mas também não forcei muito - confessou o professor de ginástica laboral do hospital, Adroaldo Pedroni, 35 anos, antes de se juntar à turma que acompanhou a partida junto à caldeira do Pompéia.