
O comerciante Julio César Paredes Corbo, 62 anos, até tentou reunir amigos, uruguaios como ele, para torcer pela celeste na tarde desta terça-feira, quando a seleção do Uruguai enfrenta a Itália em partida decisiva da primeira fase da Copa do Mundo. Um precisou viajar, outro ficou trabalhando, e assim Julio César se viu sozinho na torcida pelo país que deixou há 32 anos, quando veio para Caxias do Sul para trabalhar em uma empresa de couro.
A desistência dos amigos não desmotivou o comerciante, que acredita ser mais patriota que os brasileiros, possivelmente por estar longe do Uruguai.
- O cara diz que torce pelo Brasil, mas é só levar um gol pra dizer que não estava nem aí - observa.
Júlio Cesar se diz confiante, mas considerava difícil o avanço da Celeste para as oitavas de final.
- O Uruguai tem um problema: com time pequeno, não consegue jogar. Entra despreocupado, acha fácil e acaba perdendo - analisa, ainda lamentando a derrota para a Costa Rica por 3 a 1, o que acabou complicando a classificação da Celeste para a próxima fase do Mundial.
Ao final da partida, com o resultado favorável para a seleção uruguaia, Júlio Cesar era só alegria.
- Coisa boa ganhar. O importante era passar e nós passamos - comemorou.