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A esperança do Juventude para dar sobrevida aos cofres chama-se Fabrício Lusa. O jovem criado no clube desde os 12 anos deve ser negociado nas próximas semanas e render bons dividendos que amenizariam a frágil situação financeira até a concretização da parceria com a OAS e o mundo árabe.
Um dos maiores expoentes da última safra de jovens talentos revelados no Alfredo Jaconi, o volante de 21 anos está emprestado ao Bahia desde e tem atuado na lateral direita com o técnico Cristóvão Borges. Os baianos tem prioridade de compra até o dia 30 novembro. Se nenhuma proposta for apresentada ao Ju até lá, o jogador fica disponível para ser negociado com outros clubes.
O valor fica na faixa de R$ 1 milhão por 50% dos direitos econômicos, quantia semelhante ao que o Grêmio desembolsou para levar o lateral Alex Telles em dezembro. Fabrício tem contrato com o Ju até fevereiro de 2016. Sem querer esperar pelo Bahia, o empresário Fernando Otto deve iniciar os contatos para transferência a outros times maiores da elite na semana que vem.
- O Fabrício não quer voltar, está muito bem no Bahia. Quero ajudar o Juventude com uma boa venda - diz Otto, em referência à delicada situação financeira do clube.
Para o caxiense, é a oportunidade de ajudar o time do coração em outro patamar, agora fora das quatro linhas. Ainda que o futuro esteja indefinido.
- Não chegaram a falar nada comigo ainda, não sei como vai ficar minha situação - resume o atleta.
A grana injetada com a venda de Fabrício serviria para pagar parte dos salários atrasados de jogadores, comissão técnica e funcionários. A folha está atrasada há dois meses. O bônus prometido pelo acesso também não foi acertado.