A cidade não está pronta para receber turistas estrangeiros. A afirmação é das próprias instituições responsáveis pelo setor de serviços caxiense. Todas concordam sobre a necessidade de qualificação, principalmente no idioma inglês, para atender os visitantes que vêm de fora do país.
>> Confira a página especial do teste, com infográfico e nove vídeos.
O Pioneiro foi às ruas e testou diferentes serviços turísticos. Os pontos mais críticos encontrados foram a rodoviária e o aeroporto. Sem um profissional capacitado a falar em inglês, a reportagem do jornal encontrou dificuldades para comprar uma passagem e obter informações.
O diretor operacional da estação caxiense, Glauber Gobatto, afirma que há duas pessoas aptas ao atendimento em inglês, mas admite a intenção de preparar os funcionários para que possam sanar o que chamou de dúvidas corriqueiras:
- Para a Copa, uma das metas é preparar a equipe com inglês básico, e manter a supervisão atual com fluência no idioma.
No aeroporto, a atendente do balcão de informações também não falava inglês, tendo que pedir ajuda a funcionários de uma companhia aérea. Além disso, não havia sinalizações em idioma estrangeiro relativas, por exemplo, a banheiros, embarque e desembarque.
- Os funcionários vão ter que se aperfeiçoar. Será uma pauta de reunião com o município para fazer com que o pessoal daqui tenho um nível básico de inglês para receber os turistas. Também vamos providenciar junto a prefeitura para que na próxima semana já possamos ter as sinalizações - diz o administrador do aeroporto regional Hugo Cantergiani, Marcos Borges Fortes.
Ainda no terminal aeroviário, o stand turístico tinha atendimento em inglês, mas o material disponibilizado era totalmente em português, impossibilitando o entendimento por um não-nativo.
- Estamos em começo de Governo. Temos todo um processo licitatório para fazer o novo material de divulgação. Está todo sendo pensado em duas línguas - conta a secretária.
Sobre a falta de sinalização em inglês nas ruas da cidade, a explicação é de que se esperava por um apoio do governo federal, que não veio.
- Temos um projeto. O problema é o custo significativo que teria essa implementação. Demandaria um período de verificação técnica. E não está no nosso orçamento já que contávamos com o apoio federal - explica Drica de Lucena.
Quanto ao despreparo dos taxistas, Adail da Silva, presidente do Sindicato dos Taxistas, informa que cursos foram disponibilizados, e que há falta de interesse por parte da classe em aprender um novo idioma.
- Em nossos cursos, temos uma turma com 15 alunos fechada, que se forma em maio de 2014, e outra com 30 esperando para começar as aulas. Do aeroporto, local onde mais seria preciso que os taxistas soubessem falar inglês, ninguém se interessou.
Unanimidade
Instituições vinculadas a serviços em Caxias concordam que a cidade precisa se aperfeiçoar
Pioneiro entrou em contato com responsáveis por áreas avaliadas no teste do idioma
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