No dia 19 de novembro, Itacyr Mandelli completou 52 anos de casado com dona Marlene, união que resultou em três filhos e uma relação harmônica, facilmente percebida em qualquer conversa na loja que o casal mantém na Rua Marechal Floriano, perto do Centro Comercial Alvorada.
Mas, para ele, há uma espécie de segundo casamento, ocorrido dois anos depois do primeiro, e com plena aprovação da companheira: com a bocha pontobol.
- Esse é um jogo de velho, o que eu vou fazer no meio dos velhos? - pensou Itacyr, quando foi convidado pelo pessoal do Mútuo Socorro, como uma espécie de substituto do pai Armelindo, que havia morrido um pouco antes.
Até então, numa Caxias de poucos atrativos e ruas sem calçamento, ele apreciava o futebol, inclusive torcendo por um time em cada Estado. Pelo menos nos principais. Mas, começou a tomar gosto pelo esporte e...
- No início, os mais velhos não queriam jogar comigo nos treinos, em duplas. Aí eu me empenhei mais ainda para mostrar para aqueles velhos como se jogava. E eles passaram a me convidar para formar as duplas - lembra, se divertindo.
Hoje com 77 anos, Itacyr costuma definir a bocha, que requer mais habilidade que força ou qualquer outro atributo físico, como um dos esportes mais democráticos, e acessível a todas as idades. Inclusive brinca afirmando que é, talvez, o único em que o atleta pode morrer de velhice numa cancha.
- Tenho uma infinidade de amigos, em todos os lados da cidade. Isso é o principal aspecto do esporte - destaca, mas com uma pequena diferença nos últimos anos, de extrema competição. - Havia um slogan da Liga que dizia que a bocha traz amigos. Mas depois mudou um pouco pela vontade demais de alguns atletas...
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Itacyr Mandelli e a bocha, uma paixão de 50 anos
Como atleta e dirigente, ele ajudou no desenvolvimento do esporte em Caxias e região
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