O desafio para o técnico Picoli na retomada dos trabalhos no Caxias é blindar o vestiário e tentar contornar a delicada situação que se estabeleceu com o atraso no pagamento dos salários.
Na última semana, após ter recebido uma proposta do Guarani-SP, o zagueiro Tiago entrou na Justiça para conseguir liberação do clube e expôs o desconforto dele e dos companheiros com a dificuldade financeira do clube.
- Até não colocar a casa em dia estamos sujeitos a esse tipo de situação, temos dificuldade em reorganizar o grupo, mas os jogadores sabem da situação que está correndo. É normal a preocupação dos atletas e claro que gera comentários quando chega próximo da data de pagamento - disse Picoli.
A saída de Tiago pode abrir precedentes para outros casos, o que prejudicaria a preparação realizada até agora. Na última sexta-feira, a direção pagou parte dos salários de outubro que ainda não haviam sido quitados. Na próxima sexta, dia 28, R$ 100 mil serão utilizados para quitar parte dos vencimentos de novembro.
Ainda restarão R$ 300 mil em dívidas internas que, além da folha salarial de jogadores e funcionários, englobam décimo terceiro salário e sete meses do fundo de garantia. Para aumentar os números, os direitos de imagem dos atletas, em débito de quatro meses, não entram nessa conta.
- É importante a direção resolver isso, não queria perder mais nenhum atleta, mas o risco existe - confessou Picoli.
O próximo teste da pré-temporada acontece sexta-feira, contra o Passo Fundo, no Vermelhão da Serra.
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