Para um garoto que, como ele mesmo diz, saiu da roça e chegou de calça curta, sem conhecer nada, a trajetória de Vasco Rech, hoje com 75 anos, em Caxias do Sul é exemplar. Com o irmão João Rech, ele aprendeu a trabalhar com fotografia, primeiro em laboratório e depois com a câmera, há mais de 50 anos.
A partir daí atuou no Pioneiro - quando o jornal tinha a sede onde hoje é o Calçadão, depois na frente do antigo Ópera e, ainda, no local atual -, além de outras empresas jornalísticas e na Polícia Civil, fazendo levantamentos de diferentes ocorrências. Foram mais de 40 anos no ofício, nos quais ele começou no preto e branco, com máquinas rudimentares, vivenciou a evolução nas lentes, chegou à foto colorida e chegou na digital, mas...
- Essa, me recuso a usar. Prefiro os filmes - afirma.
Vasco foi um dos primeiros, senão o primeiro, fotógrafo a ter dedicação quase integral ao jornalismo. Em dupla com Guiomar Chies, que considera um irmão, participou de inúmeras coberturas. No esporte, esteve presente no episódio em que o arbitro anulou um gol do Juventude num Fla-Ju, relatado por Chies há algumas semanas.
- Eu estava junto e confirmei que a bola havia entrado por fora. O Froner (técnico do Juventude) ficou muito brabo, dizendo que não tinha cabimento o juiz ouvir dois repórteres - conta, se divertindo.
Isso que Vasco é juventudista ferrenho, a ponto de ir ao estádio ainda hoje, mesmo com dificuldades motoras devido a um problema no sistema nervoso.
- Eu poderia ter dito que achava que o gol valeu, mas deve prevalecer o que é certo - reforça.
Confira mais detalhes na edição impressa do Pioneiro deste final de semana.
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