Além do drama e do desafio de segurar o Brasil-Pe dentro de campo, o Juventude teve de brigar e encarar inúmeras situações que, normalmente, estão fora do cotidiano do futebol. Logo na chegada ao Estádio Bento Freitas, o ônibus do clube foi apedrejado pelos torcedores.
O clima hostil permaneceu na saída para o intervalo, quando jogadores e integrantes da comissão técnica discutiram intensamente. O cenário se repetiu no final da partida, quando Lisca foi vítima de uma série de ações lamentáveis.
- Fui acertado por um radinho, levei cusparadas e pedradas de gandula e até um chute de dirigente deles. Mas, no final, quem foi campeão? - ironizou o treinador.
O técnico ainda teve que comparecer a uma delegacia de Pelotas, já que o agressor, que havia jogado o radinho era um menor e havia sido detido.
- A torcida deles fez uma festa linda, mas é uma pena que isso seja corriqueiro - lamentou Lisca, que teve o nome gritado pela torcida do Ju após a partida.
Após a festa com a torcida e a entrega do troféu, o grupo de jogadores do Juventude teve de se dirigir rapidamente ao vestiário. Mais um princípio de confusão atrapalhou a comemoração em campo, mas não diminuiu a euforia do grupo.
- Foi muito sofrido - definiu o presidente Raimundo Demore.
Após fazer duas defesas decisivas na segunda etapa, o goleiro Fernando comemorou o título que escapou no ano passado, quando ele defendia o Lajeadense, derrotado pelo Ju na decisão.
- A final não se ganha só jogando, mas com algumas artimanhas. Tivemos frieza e cabeça no lugar para administrar o jogo. Vários jogadores já decidiram em outros momentos e na final pude contribuir - destacou o goleiro.
Despedida
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Maurício Reolon
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