Profissionais do esporte de alto rendimento lutam para que modalidades permaneçam em evidência em Caxias do Sul

Eles são técnicos e dirigentes ao mesmo tempo. Lutam contra a maré. São apenas exemplos diante de tantos outros profissionais que buscam tornar o esporte mais profissional em Caxias do Sul e na região. Bons exemplos, é preciso deixar claro. Rodrigo Barbosa, no basquete, Gabriel Citton, no handebol e Tiago Frank, com o time do basquete de cadeira de rodas do Cidef são alguns dos abnegados que buscam mudar o cenário atual mantendo a prática esportiva de alto rendimento na cidade.

- O processo começa errado porque o técnico precisa fazer todos contatos. Isso poderia ser uma exceção, mas é a regra. Falta um plano de esporte municipal e estadual - comenta Barbosa.

Para os mais saudosos, é comum lembrar dos tempos dos clássicos entre Enxuta e Vasco, no futsal. Dos jogos na UCS, do vôlei, pela Superliga Masculina, ou do time de futsal, na Liga. Isso sem contar em tantos outros eventos trazidos para a cidade e na mobilização que existia em torno do esporte para encontros no Ginásio Pedro Carneiro Pereira, o Pereirão ou no Enxutão. Isso, hoje, é apenas história. A realidade é dura e preocupante.

O caso mais recente das dificuldades para manter uma equipe de alto rendimento está relacionado a continuidade do Caxias do Sul Basquete, bicampeã gaúcha em 2009 e 2010. Barbosa define:

- Chegamos ao limite do nosso trabalho e precisamos avançar.

No handebol, Gabriel Citton acumula funções e a cada ano busca recursos para colocar a equipe em quadra na Liga Nacional. Em todas as participações, chegou à semifinal.

- Todo ano começamos do zero, enquanto em outras cidades, as equipes largam com 100 ou 150 mil reais de apoio do poder público municipal - comenta Citton.

Tiago Frank lamenta a situação de treinadores e amantes do esporte terem de buscar soluções para o esporte na cidade.

- No esporte caxiense, existem algumas ações, parcerias pequenas. Até quando vamos ficar dependendo de pessoas que corram atrás de tudo? É preciso um grupo, um projeto político de longo prazo - diz o treinador.

A segunda matéria do especial Serra sem Olimpíadas, na íntegra, você confere na edição impressa do Jornal Pioneiro desta segunda-feira.