Este conteúdo integra a coluna Caixa-Forte do jornal Pioneiro, que é produzida interinamente pela jornalista Juliana Bevilaqua
Uma "nova" vinícola com 50 anos de história. É a Casa Eva Vinhos e Vinhedos — antes Murisabel Indústria Vinícola —, que agora está repaginada, com novo nome, e lança as duas primeiras linhas de vinhos finos: Essência e Sentidos. De Flores da Cunha, a empresa tem à frente as irmãs Alessandra, Karine, Marcele e Francine Muraro e a mãe Maria Inês. A vinícola foi fundada pelo avô e, posteriormente, comandada pelo pai das irmãs.
— Crescemos brincando entre as pipas da vinícola. Depois do falecimento do nosso pai, em 2013, assumimos o negócio, seguindo com o vinho de mesa, mas sempre com a ideia de iniciar a produção de vinhos finos. Em 2020, na pandemia, quando vimos que o consumo de vinho fino brasileiro chegou a bater 2,8 litros per capita em dezembro, decidimos que era hora de investir — diz Francine, sommelier internacional.
Além das uvas americanas, a família está cultivando uvas Marselan e Cabernet Franc. A localização da plantação, as cultivares escolhidas e os sistemas de condução e produtividade determinados são pré-requisitos para que o vinhedo esteja dentro do regulamento de uso da Indicação de Procedência, premissa para fazer parte da Associação Altos Montes.
Os vinhos
A linha Essência é composta por um branco Chardonnay e um Rosé de três cepas diferentes. São vinhos jovens e frescos da safra 2023. Já a linha Sentidos apresenta uma seleção de vinhos barricados que inclui um branco Viognier, um tinto Marselan e um tinto Pinot Noir. Os rótulos dessa linha merecem destaque: trazem figuras femininas desenhadas à mão. O pinot noir foi servido em primeira mão no jantar harmonizado beneficente dos Altos Montes, na noite do último sábado, em Flores.
Em setembro, a Casa Eva participa da Wine South America 2023 e apresenta mais novidades: os rótulos de espumantes da vinícola.
Planos
Com olhar para o turismo, a Casa Eva planeja também um varejo no complexo da vinícola, no Travessão Rondelli. Para receber o empreendimento, a Casa Amarela, residência com quase 100 anos, lar do avô e do pai das sócias, será renovado.
