Voltar a andar de ônibus significa compartilhar um espaço confinado com um grupo de pessoas, geralmente desconhecidas. Ou seja, o tipo de concentração temida em tempos de circulação de vírus, como é o caso da pandemia, mais do que nunca. No entanto, interromper transporte, urbano ou rodoviário, representa a estagnação da economia, não só o setor produtivo de veículos, como também a logística da economia, do deslocamento de trabalhadores e da própria circulação de consumidores.
Diante desse cenário, coube à empresa é líder do mercado brasileiro no segmento ônibus assumir o papel de garantir a retomada da mobilidade de forma segura. Em abril, a Marcopolo lançou desafio para startups voltadas a soluções em biossegurança e lançou a provocação também aos setores internos na busca de tecnologias que garantissem a proteção de usuários e operadores de transporte.
Em junho, a empresa lança o Marcopolo BioSafe.
— A BioSafe é um conceito de plataforma de soluções em biossegurança, desde a triagem com um totem que mede temperatura e identifica máscara, valida de passagem, tudo sem toque, até sistemas de desinfecção por nanotecnologia e soluções embarcadas dentro do próprio ônibus — destaca Petras Amaral, diretor de negócios da Marcopolo Next, divisão da empresa voltada à inovação.
No "pacote" desenvolvido pela empresa incluem-se o FIP Onboard, que consiste em uma névoa seca que cobre toda a superfície interna do ônibus e elimina vírus e bactérias. Também há o citado totem de autoatendimento com leitor de temperatura, verificação do uso de máscara, dispensador de álcool gel e validador de passagem via QR Code. Todas as funcionalidades são automatizadas, sem necessidade de operador ou contato físico com o equipamento.
O BioSafe também conta com tecnologias embarcadas, com novo modelo distanciamento de poltronas voltado a veículos Marcopolo e micro-ônibus Volare. Ao invés de fileiras duplas de
assentos, são três fileiras de assentos únicos, separadas por dois corredores, criando uma distância de em torno de um metro entre passageiros.
Embora em teoria reduza a capacidade de ocupação dos veículos, Petras explica que o modelo na verdade adequa a distribuição de assentos e otimiza a quantidade de uso:
— Por exemplo muitos ônibus de 42 lugares estão com 50% de uso permitido. Com essa solução, ao invés de viajar com 21, o ônibus teria 33 lugares. Por isso, além de garantir maior ocupação, garante também a segurança dos passageiros — ressalta.
Os veículos também podem dispor de cortinas e tecidos dos assentos dos ônibus antimicrobianos, ou seja, eliminam micróbios, vírus e bactérias. Outra opção é a instalação de equipamentos com raios ultravioletas UV-C no ar-condicionado e nos sanitários com a mesma finalidade.
Além dos ônibus
Duas das tecnologias mencionadas são aplicáveis a ambientes. O FIP Onbord, por exemplo, é uma tecnologia desenvolvida pela Marcopolo em parceria com a startup Aurratech e já foi utilizada em outros setores, como para desinfecção de hotéis, escritórios, trens e e também foi adotada para desinfectar os vestiários dos estádios de futebol durante o Gauchão.
Outro produto que transcende o uso em veículos é o Safe Check-in, que além de controlar os acessos a ônibus, a tecnologia é utilizada em rodoviárias, por empresas aéreas e aeroportos.
— Surgiu uma diversificação de possibilidades com a BioSafe que são segmentos de hotéis, universidades, de terminais que passaram a nos procurar para utilizar as mesmas soluções a medida que eles fazem parte de um sistema em que a mobilidade está integrada. São soluções que podem ser usadas não só nos modais, mas nos espaços — explica Petras.
Para o futuro
Embora haja expectativa de controle e superação da pandemia, o diretor de negócios da Marcopolo Next acredita que os produtos devem se consolidar no futuro pós-pandemia.
— Achamos que muitas dessas soluções virarão definitivas, na medida que podemos ter segundas ondas (pandêmicas) e manter o nível de segurança é importante. E também temos outras doenças, não só vírus, como bactérias circulando. Essa biossegurança passa a ser sim uma solução que vai estar dentro da nova realidade, assim como foi 11 de setembro que criou protocolos rígidos nas entradas de aviões e aeroportos, também passaremos a ter protocolos mais definidos após a pandemia — afirma Petras Amaral.
Outra novidade que diz acreditar ter bons resultados é o novo modelo de poltronas espaçadas e com cortinas. Segundo Petras, já havia há algum tempo a demanda por assentos mais privados no transporte de passageiros rodoviário.
BioSafe
· FIP Onboard: desenvolvida em parceria com a startup Aurratech. Trata-se de uma névoa seca que cobre toda a superfície interna do ônibus e elimina os vírus e bactérias.
· Novo formato para o interior do ônibus e micro-ônibus: distanciamento seguro das poltronas. Em vez fileiras duplas de assentos, são três fileiras de assentos únicos, separadas por dois corredores. Isso distancia os passageiros, em torno de um metro.
· Cortinas e tecidos dos assentos dos ônibus também são antimicrobianos, ou seja, eliminam micróbios, vírus e bactérias e, ainda, receber a instalação de equipamentos com raios ultravioletas UV-C no ar-condicionado e nos sanitários com a mesma finalidade.
· Safe Check-in: totem de autoatendimento que visa contribuir para prevenir contaminações. O totem tem leitor de temperatura, verificação do uso de máscara, dispensador de álcool gel e validador de passagem via QR Code. É tudo automatizado, sem necessidade de um operador. O Safe Check-in já pode ser implantado por empresas de transporte de passageiros, rodoviárias, empresas aéreas e aeroportos.
Mais informações e contato com equipe de vendas: marcopolobiosafe.com
Fonte: Marcopolo