Entidades empresariais acreditam que a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff pelo Senado representa uma luz num horizonte dramático à economia. Em manifesto aberto em jornais, CIC, CDL e outros 20 sindicatos patronais de Caxias haviam demonstrado ainda em março apoio ao processo de impeachment. A esperança é que a mudança de governo devolva confiança à economia, o que significaria retomada de investimentos, reativação das empresas e garantia de empregos – ou, ao menos, freio nas demissões.
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Entidades industriais, como a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), se reuniram neste mês, em Brasília, com o vice Michel
Temer para encaminhar demandas para aquecer a economia.
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Ou seja, o afastamento da presidente tem componentes muito mais complexos do que as pedaladas fiscais e os decretos suplementares que figuram no processo. Crise econômica, demissões, inflação em alta, juros proibitivos, denúncias de corrupção e falta de apoio no Congresso criaram um ambiente político insustentável.
Faltaram medidas cruciais para tirar o país do atoleiro econômico. A crise política foi intensificada pelo drama econômico. Em Caxias, o setor metalmecânico fechou 18 mil vagas desde meados de 2013.
Lideranças da Serra acreditam que o vice-presidente Michel Temer recuperaria a curto prazo o otimismo da indústria e dos investidores. Mas, na prática, o caminho deve ser bem mais complicado, com batalha jurídica, manifestações e uma oposição firme e implacável do PT.