Sustentabilidade foi tema de painel na abertura da Fiema, em Bento Gonçalves

Um dos eventos paralelos da Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente (Fiema Brasil 2014), que começou nesta terça em Bento Gonçalves, o 2º Meeting Empresarial reuniu nesta manhã líderes para discutir sustentabilidade. Participaram de um painel o diretor-presidente e de Relações com Investidores da caxiense Fras-le, Daniel Randon, o ex-presidente da Alcoa América Latina, Franklin Feder, e o vice-presidente de Edificações, Energia e Sustentabilidade em Serviços da Schneider Electric Brasil, Edgard Franco.

Por cerca de três horas, eles falaram sobre como gerir os negócios visando ao lucro, o menor impacto no meio ambiente e a responsabilidade social.

Mediador do painel, o diretor-presidente da Consultoria Ideia Sustentável, jornalista Ricardo Voltolini, abriu o encontro falando sobre o que distingue o líder sustentável do convencional. Além de características como ética, transparência, respeito ao outro e cuidado com o meio ambiente, o líder sustentável é, segundo Voltolini, aquele que educa seus colaboradores para serem sustentáveis e equilibra os resultados econômicos com os ambientais e com a promoção de pessoas.

Daniel Randon abordou a importância que a Fras-le dá ao assunto. Ele exemplificou com o projeto Florescer, das Empresas Randon, que atende crianças e adolescentes de baixa renda em meio turno. Segundo ele, 85% dos estudantes que passaram pelo projeto já estão no mercado de trabalho. Randon citou também o projeto Pró-Ambiente. Por meio dele, a empresa recebe dos clientes 85 toneladas de lonas por mês, evitando que o descarte vá para o meio ambiente.

Na Schneider Electric, considerada a 10ª empresa mais sustentável do mundo, resultados em sustentabilidade vão fazer parte da remuneração variável dos gerentes executivos, conforme Edgard Franco.

Franklin Feder, hoje aposentado, contou para a plateia como o assunto ganhou importância ao longo de sua trajetória. Ele relatou experiências que o fizeram mudar de ideia, como a construção de um parque ambiental no Maranhão há 20 anos por parte da Alcoa.

- Eu não nasci verde. Uma vez baixou na minha mesa, quando eu era diretor financeiro, um pedido de investimento de 250 mil dólares para criar o parque. Eu disse na época que tínhamos outras necessidades. Mas a empresa resolveu aprovar a construção. Hoje tenho o maior orgulho daquele investimento, porque o parque recebe estudantes e contribui para o reconhecimento da marca - ressaltou.

A Fiema segue até 25 de abril, no Pavilhão E do Parque de Eventos.