Um dos mestres da bateria em Caxias do Sul, Mário Pastor terá seu legado reconhecido neste domingo, em evento marcado para as 15h, no Centro de Cultura Ordovás (área do estacionamento). Três bandas irão subir ao palco para homenagear o músico falecido em 2010, aos 58 anos. A entrada é gratuita.
Estão escaladas as bandas Lobo da Estepe, da qual Mário Pastor foi integrante, e duas bandas que têm nas baquetas os seus filhos, Jayson Mross, na The Cotton Pickers, e Richard Mross, na Folks. A apresentação ficará a cargo do jornalista Anderson Madalosso e da produtora cultural Márcia Grisa.
O evento é gratuito, mas haverá arrecadação de alimentos não perecíveis, que serão destinados ao Projeto Schroeber, que reúne algumas iniciativas solidárias lideradas por Márcia Grisa.
- A ideia é mostrar que o legado que ele deixou continua vivo. Além de termos diversos músicos na família, meu pai também formou uma galera enquanto professor, desde bateristas que seguiriam no caminho do rock e do blues, até músicos de bandas de baile e orquestra - comenta Jayson Mross.
Em caso de chuva, o evento será mantido para o mesmo dia e transferido para o Teatro Valentim Lazzarotto.
QUEM FOI
Mário Raul da Silva Mross, o Mário Pastor, chegou em Caxias do Sul na década de 1970, vindo de POA, e foi um dos precursores do rock 'n' roll na cidade, atrás da bateria em bandas como Stuka, Lumière Show e Nariz de Porcelana, além da própria Lobo da Estepe. Também acompanhou músicos como Samuel Sodré, Mozer e Pietro Ferreti, além de integrar a Orquestra Florentina, de Flores da Cunha.
Inspirado por bateristas seminais do rock, como Neil Peart e John Bonham, e também do jazz, como Gene Krupa, seu preferido, Pastor foi um dos mais influentes na formação de diferentes gerações de músicos na cena local.
Para conhecer mais sobre sua história e legado, uma dica é assistir ao documentário "No Pulso" (2016), de Filipe Mello, disponível no canal do diretor no YouTube. O audiovisual resgata a história de 20 bateristas envolvidos com Caxias do Sul.