Nosso guia chamava-se Ítalo, mas só descobri seu nome ao pescar de ouvido uma conversa casual que ele travava com uma colega de jornada sentada no banco de trás, quando nos preparávamos para desembarcar na primeira cidade prevista no roteiro. "Ítalo", pensei. Eu deveria ter desconfiado. Só mais tarde é que me dei por conta de que outra pista surgira logo na partida, assim que o ônibus amarelo pintado com vibrantes cores psicodélicas começara a rodar, saindo defronte à sede da Agência de Viagens Viajantes. "Fafner" era como haviam batizado o veículo, informou-nos o guia. Mas eu, distraído e ansioso pelo passeio, deixei por isso mesmo e entreguei o timão de meu destino naquela semana à condução de Ítalo e de Jules, o motorista que administrava as marchas de Fafner pelas quebradas da cosmopista transfigurada em infinita highway.
Opinião
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Marcos Kirst
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