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Projeto acalentado ao longo de quase dois anos, o álbum Viola de 9 Cordas será lançado em show nesta sexta-feira, na Sala de Teatro Valentim Lazzarotto, no Ordovás, em Caxias do Sul. Trata-se da realização da iniciativa do violeiro caxiense Valdir Verona de compilar em CD músicas de diferentes momentos dos 30 anos dedicados a mostrar para o país os ritmos do Sul.
O que diferencia de uma coletânea normal é a peculiaridade que dá nome ao disco, o arranjo de cada música para a viola de nove cordas – instrumento desenvolvido por Verona em parceria com a luthieria caxiense Dominus.
Programe-se
O quê: recital de lançamento do CD Viola de 9 Cordas, de Valdir Verona.
Quando: hoje, às 20h30min.
Onde: na Sala de Teatro Prof. Valentim Lazzarotto, no Centro de Cultura Ordovás (Rua Luiz Antunes, 312).
Quanto: R$ 20 (R$ 10 estudante e idosos). Promoção de lançamento: ingresso + CD a R$ 30.
O disco traz nove músicas gravadas ao vivo no estúdio Emusic, em Caxias do Sul. No repertório, o violeiro apresenta releituras de temas consagrados como Grotas (1995), sua primeira obra para viola; as obrigatórias Catavento (2000) e Estações (2013); Parceria nº 2, duo de viola e gaita com a participação de Rafael de Boni; a romântica Cores de Outono (2007), entre outras. Há apenas uma composição inédita, Milonga em Novos Tempos, faixa que fecha o álbum.
– Foi uma experiência diferente e satisfatória gravar ao vivo no estúdio. As músicas soam mais parecidas com a forma como são apresentadas nos shows – avalia o músico.
Inspirada em instrumentos que mesclam ordens de cordas duplas e simples, como a viola nordestina (dos repentistas) e a viola caiçara (comum nos litorais de São Paulo e do Paraná), a viola de nove cordas é uma adaptação do violão de 12 cordas, em que Verona removeu três delas, obtendo três ordens duplas e três simples. O resultado é um instrumento versátil, que mistura a sonoridade típica da viola com intenção mais grave e encorpada do violão. Para estudar ou usar em viagens, é como ter dois instrumentos em um só.
– Por ser uma adaptação do violão, esta viola tem o equivalente à sexta corda, a mais grave, que não tem na viola tradicional – destaca Verona.