Alguém já deve ter pensado: Luis Fernando Verissimo deveria virar verbete que significasse algo em torno de homem sábio, articulado, assaz, suave, gentil, humorado. O escritor conjuga estas e tantas outras qualidades na hábil empreitada de fazer literatura inteligente, humor refinado, crítica contundente com delicada competência em selecionar palavras e alegorias. Seus textos são pródigos em contextos.
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Coisa de mestre que articula prosaicas leituras do cotidiano transitando da ficção à crônica sobre política e esporte, meios e mídias. Tê-lo na Praça Dante neste sábado, às 17h, para "Uma conversa sobre escritas" em diálogo com a também escritora e igualmente articulada Cláudia Laitano é privilégio dos leitores que se dispuserem a um encontro com a inteligência.
E o público pode ajudar na construção dessa reunião especial, como verissimo deixa claro:
- Não tenho nada planejado. Dependerá de como for o papo, com a Cláudia e a plateia.
Claro que, algumas pistas, o mestre dá. A crônica, gênero no qual é tão perspicaz, pode ser um bom pretexto para fazer o papo fluir na Feira. Até porque, no final, tudo gira em torno do ato de escrever
- O assunto da crônica é o que está acontecendo no mundo ou na aldeia. Na falta disso, apela-se para a pura criação, para a literatura.
