A Cia. Municipal de Dança de Caxias estreia nesta quinta-feira, às 20h, no Teatro Pedro Parenti, (Entre)fluxos. O espetáculo é composto das obras MFK, de Daggi Dornelles,17 e 34 de Gislaine Sachett e Eternidade de Ney Moraes. Também será apresentado um fragmento de De Parte em Parte, de Brenda Angiel, que integra o repertório da formação. Nos três novos trabalhos, o tempo é referência, insight, material imaterial que instiga os movimentos.
O estudo coreográfico MFK de Daggi Dorneles desenvolveu-se a partir de uma única proposta de investigação de movimento. As pequenas sequências individuais foram se multiplicando, fazendo com que cada exercício seguisse seu próprio caminho e gerasse, de forma não intencional, uma dramaturgia física e estética diferente para cada pequena peça coreográfica.
O coreógrafo Ney Moraes argumenta que, entre a razão e a desrazão, só há a Eternidade. O processo de criação deste trabalho teve como ideia geradora a inquietação sobre o que é o tempo (temporalidade)? A resposta coreográfica, em solo da bailarina Paula Giusto, é que talvez o tempo venha a ser uma invenção ou uma invasão, na qual instante e eternidade se confundem.
Fragmento de De Parte em Parte, de Brenda Angiel:
Para criar 17 e 34 a coreógrafa Gislaine Sacchet busca o argumento do O tempo como sistema de arquivo impede que tudo aconteça ao mesmo tempo.
- Acho que a obra se refere à impossibilidade do tempo como determinado ou determinante. Acaba por trazer o momento como um comportamento restaurado, algo que mesmo pensado está em processo - explica.
As apresentações serão nesta quinta e sexta-feira, às 20h, no Teatro Pedro Parenti. Os ingressos podem ser retirados no local. Sugere-se a doação de 1kg de alimento não perecível ou 1kg de ração para animais.
Dança
Cia. Municipal de Caxias estreia espetáculo nesta quinta-feira
"(Entre)fluxos" reúne três novos trabalhos e trecho de uma obra de dança aérea já apresentada
Carlinhos Santos
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