O vocabulário paraense é um capítulo à parte em Amor Eterno Amor. Não é difícil ouvir as atrizes Andréia Horta, Carol Castro e Daniela Fontan, que vivem as marajoaras Valéria, Jacira e Gracinha, usando gírias como potoca, égua e já me vú. Ainda que a decisão da novela tenha sido por não usar o sotaque cantado dos paraenses, as expressões coloquiais não ficaram de fora do roteiro.
Segundo a instrutora de dramaturgia da novela, Iris Gomes, o grande laboratório dos atores foi o convívio com os próprios paraenses. O elenco esteve no Estado durante cerca de 20 dias.
- Foi muito importante vivermos e respirarmos a atmosfera do lugar do qual nós vamos falar. Isso vale para o figurino, a arte, a cenografia, a direção e os atores. Fica mais real e mais fácil transmitirmos na tela o que é o universo daquele lugar - afirma Rogério Gomes, o Papinha, diretor de núcleo da novela.
EXPRESSÕES QUE GANHAM DESTAQUE NA TRAMA
Arredar - Chegar para lá
Aruá - Ignorante
Belegueta - Fulana
Buiado no Dinheiro - Rico
Carapanã - Mosquito, pernilongo
Despombalecido - Estado de moleza ou cansaço
Égua - É praticamente como uma vírgula para o paraense, pode significar susto, irritação ou surpresa
Já me Vú - Tchau! Vou indo
Mufino - Triste, abatido, adoentado
Levou o farelo - Se deu mal
Papa-chibé - Paraense autêntico, que adora pirão d'água com farinha
Pavulagem - Frescura
Pexixéu - Lindo
Potoca - Papo furado, mentira
Varejeira - Mulher atirada