Seu Carlos Candido Finimundi deu as caras pela primeira vez na coluna Memória em 13 de outubro de 2015. Foi quando publicamos a celebração das bodas de manjerona dele e de dona Ellide Genoepha Marolli Finimundi, pelos então 73 anos de união – eles casaram em 1942. Agora, seu Carlos retorna a este espaço protagonizando outro “feito” invejável: a chegada dos exatos 100 anos nesta terça, 7 de setembro.
Toda essa história teve início no pequeno município de Riozinho, localizado na microrregião Gramado-Canela. Foi lá que nasceu, em 7 de setembro de 1921, o mais velho dos oito filhos do casal Pedro Finimundi e Joanna Smaniotto Finimundi. Irmão de Vilma, Liria, Geni, Ivone, Antonio, Normelio e de outro menino falecido logo ao nascer, Carlos chegou a Caxias em meados de 1939, aos 18 anos, para “começar a vida”.
Cerca de seis anos depois, em 1º de março de 1945, o jovem empreendedor fundava, juntamente com Marciano Giacomo Dambroz e outros sócios locais, uma pequena oficina mecânica – aquela que, com o passar dos anos, transformou-se na longeva Dambroz Implementos Rodoviários.
Rotina na Dambroz
Atuante no setor há 75 anos, a Dambroz foi uma espécie de segunda casa de seu Carlos Finimundi até março de 2020, quando a pandemia do coronavírus alterou o cotidiano de milhares de empresas pelo mundo. De Uber, ele visitava diariamente a fábrica na parte da manhã, para conferir a rotina de trabalho. Teve de abrir mão desse hábito de décadas por ordens médicas, reduzindo a “passadinha” a apenas um dia, agora ao matutino de sábado.
Toda essa dedicação “de uma vida” foi reconhecida por várias vezes. Em outubro de 2017, Carlos Finimundi recebeu de José Ivo Sartori a Medalha Negrinho do Pastoreio, entregue pelo Governo do Rio Grande do Sul a personalidades com relevantes serviços prestados ao Estado. Já em 2018, foi um dos empresários destacados na Semana do Empreendedorismo de Caxias do Sul, por sua contribuição ao desenvolvimento econômico da cidade.
Conforme a neta Carla Bordin, entre os vários feitos do avô, um é motivo de orgulho: todos os seus filhos estudaram e, depois, repassaram isso aos netos e bisnetos.
– Ele sempre diz: ‘Minha vida foram 100 anos de luta, mas foram 100 anos de vida”.
Legado Italiano
Paralelamente ao trabalho, seu Carlos também “estreou" no cinema. Foi um dos personagens do documentário Legado Italiano, gravado na Serra em 2017 pela diretora Márcia Monteiro e atualmente disponível nas plataformas digitais.
A família
Carlos Candido Finimundi casou-se com Ellide Genoepha Marolli em 13 de outubro de 1942. Da união nasceram seis filhos: Wanda, Maria Elisa, Helena Beatriz, Carlos Alberto (in memoriam), Hélius Carlos e Cândida Cristina – que posteriormente lhes deram 16 netos e 13 bisnetos.
Viúvo desde 2017, seu Carlos também fez questão de participar da solenidade em que foi concedido o nome da esposa, Ellide Genoepha Marolli Finimundi, a uma rua localizada no bairro São Luiz. Eles foram casados por quase 75 anos.
Na imagem acima, Carlos e Ellide às vésperas do casamento, ocorrido em 1942.
Na sequência, outros momentos da juventude de seu Carlos e dos agitos em Arroio do Sal, na década de 1940. Por fim, no jardim de casa, junto a um oratório, onde estão a foto da esposa e as imagens de Santo Expedito, do qual é devoto, São Martinho e São Carlos.
Dupla comemoração
A data exata é nesta terça (7), mas a festa dos 100 anos de seu Carlos ocorre no próximo domingo, dia 12. É quando o bisneto Vinicius Manica Bordin completa 18 anos. A dupla celebração reunirá as quatro gerações da família na localidade de Otávio Rocha, em Flores da Cunha.
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