Mansueto Turella e Irma Anna Zini nasceram na Itália. Por volta de 1915, em busca de novas oportunidades, resolveram migrar para o Brasil, mais precisamente na região que hoje é conhecida como Caxias do Sul.
Chegando aqui, se encontraram, se apaixonaram e começaram a namorar. Quando Irma voltava da igreja aos domingos e percorria 10 quilômetros até a casa, encontrava Mansueto no caminho. Após um tempo de namoro, resolveram de casar. A cerimônia ocorreu na Igreja de Santa Lúcia do Piaí, em 9 de julho de 1936. Naquele ano, os dois construíram uma casa e foram morar em Água Azul, onde tiveram os primeiros oito filhos.
Depois, nasceram os outros 11 filhos. Irma chegou a dar a luz a mais um menino, o vigésimo filho, que devido a complicações de saúde faleceu dois dias após o nascimento. Os dezenove filhos eram: Antônio, Inês, Nair, Nilda, Dalva, Lurdes, Leda, Tereza, Mário, Ana, Daniel, Nestor, Diva, Paulo, Olinto, Sérgio, Marisa, Ivan e Pedro.
Durante a noite, depois do jantar, as irmãs costuravam roupas com uma máquina de mão e faziam tranças com palha de trigo, as dressas, que, depois terminavam em chapéus na cabeça dos irmãos.
Na época, quando ainda não havia luz elétrica, a casa era iluminada a vela e querosene. A luz elétrica veio em abril de 1978. A família ainda passava por dificuldades financeiras, então viveu um bom tempo nesse sistema. Em abril de 1978, Mansueto finalmente instalou luz elétrica na moradia.
Descendente caxiense
Um dos filhos de Mansueto é Antônio Turella, hoje com 69 anos, e residente em Caxias do Sul. Pai de Débora, 32, e Patrícia, 37, ele trabalhou como caminhoneiro durante 29 anos e meio. Aposentado desde 2012, passa, desde então, a maior parte do dia em casa com a mulher Teresa. Hoje, a família que cresceu na pequena casa em Água Azul está ainda maior, com 18 dos filhos ainda vivos, nove noras, sete genros, 39 netos e 18 bisnetos.
Recordação
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