A riqueza cultura de Torres ultrapassa os limites de sua intensa atividade turística litorânea. A Igreja Católica desenvolve um papel social relevante neste município, cuja atuação centrou-se na existência da Igreja de São Domingos. Localizada num dos pontos mais lindos e charmosos do litoral brasileiro, a exuberante igreja, inaugurada em 1824, irradiou ações voltadas ao bem comum. Os veranistas que sobem ao Morro do Farol ou se dirigem para a Praia da Cal, apreciam a beleza do prédio, que combina sua arquitetura com traços de inspiração luso-brasileira.
Importantes fatos desta história estão relacionados com a Diocese de Caxias do Sul. Até 1999, quando a paróquia de Torres passou para Diocese de Osório, padres caxienses eram designados para atender na comunidade. Entre os quais, destacam-se Sergio Leonardelli, Hilário Piccoli, Luiz Benini, Roberto Pezzi, Sergio Nicoletti. Mário Pedrotti, que dirigiu o Hospital Nossa Senhora de Navegantes, celebrou o casamento do médico caxiense Eduardo Festugato, em dezembro de 1967, na Igreja de São Domingos. Festugato residiu nesta cidade entre 1965 a 1972 e escreveu um livro de conteúdo histórico.
Em 1957, a Mitra Diocesana de Caxias do Sul, sob a orientação de Dom Benedito Zorzi, inaugurou a Rádio Maristela.
Na imagem, percebe-se a paisagem geral da igreja na década de 1950.
Religiosidade no litoral
Em 08 de abril deste ano, a comunidade torrense festejou a conclusão do restauro. A reforma da Igreja São Domingos, além preservar a edificação, inspirou historiadores e a imprensa de Torres a revelar aspectos de sua existência. Conforme dados do Jornal Gazeta, a Igreja de São Domingos é um marco inicial do núcleo urbano. Foi a primeira igreja instalada no trecho entre Osório (RS) e Laguna (SC).
O projeto de restauro recebeu apoio de empresas caxienses Marcopolo e Randon. Vinícola Perini, Anselmi e Frutas Silvestrin de Farroupilha. E Tramontina de Carlos Barbosa.
História Fotográfica
O Museu municipal de Torres mantém um acervo fotográfico expressivo da evolução urbana. Parte das imagens, retrata as imediações da Igreja São Domingos. No cenário na década de 1940, visualiza-se a pictórica canoa na Lagoa do Violão, a chaminé da usina elétrica, e, ao fundo, na subida do Morro do Farol, a igreja. O historiador Alexandre Cardoso Rodrigues, que trabalha da instituição, zela pela organização da fotografias, que revelam as riquezas de contrastes urbanos e nostálgicos hábitos dos veranistas.