A igreja de São Domingos, localizada na subida do Morro do Farol, em Torres, possui uma história emblemática na cidade litorânea, bem como certifica a relevante função social da Igreja Católica, voltada ao desenvolvimento da comunidade.
O templo foi inaugurado em outubro de 1824, num ponto nobre e elevado, entre as belezas da Prainha, Morro do Farol e Lagoa do Violão. Com uma arquitetura da influência luso-brasileira, o prédio possui uma feição estética agradável para se admirar. A riqueza desta igreja foi preservada e, em 1983, foi tombada, integrando do patrimônio cultural do estado. A narrativa histórica reconhece a Igreja de São Domingos como uma referência da evolução cultural de Torres. O historiador Alexandre Cardoso Rodrigues, conserva no Museu Municipal uma coleção de fotografias de várias épocas. Numa delas, um pescador navegando numa canoa, na Lagoa do Violão, a chaminé da usina elétrica e a igreja compõem um cenário saudosista e inspirador para ser revisto.
Em 2008 a Igreja São Domingos foi fechada para reformas. A obra iniciada em 2010 recebeu apoio de determinadas fontes de recursos. Em conformidade com a lei de incentivo cultural, empresas de Caxias do Sul, Farroupilha e Carlos Barbosa auxiliaram o projeto de restauro. Na placa oficial da obra, percebe-se a identificação dos colaboradores da Randon, Marcopolo, Vinícola Perini, Malharia Anselmi e Tramontina. No dia 08 de abril, oficialmente, a igreja abriu novamente suas portas, exibindo um restauro obediente à originalidade dos traços originais.
A relação dos veranistas da Serra Gaúcha vai além do turismo recreativo. A Igreja de São Domingos pertenceu a Diocese de Caxias do até 1999. Muitos padres caxienses atuaram ali. O apoio financeiros dos empresários demonstra que a riqueza combina muito bem com os ícones da história.
Casamento de Eduardo Festugato em 1967
Foto reprodução
A Igreja da São Domingos faz parte da vida familiar do médico Eduardo Festugato. O caxiense residiu em Torres entre 1965 a 1972, período em que trabalhou no único hospital da cidade. Conheceu jovem Iara de Quadros, nascida em Torres, e casou-se em dezembro de 1967. A celebração religiosa foi feita pelo padre caxiense Mário Pedrotti. A cumplicidade com a comunidade, inspirou escrever o livro Torres de Antigamente, lançado em 1994.
Padre Mário Pedrotti em Torres
O padre Mário Pedrotti recebeu designação da Diocese de Caxias do Sul para exercer inúmeras atividades em Torres. Foi vigário nas Igrejas Santa Luzia e São Domingos. Administrou o hospital e dirigiu a Rádio Maristela e lecionou no Colégio São Domingos, no período de 1996 a 1967.
Na ocasião, Mário Pedrotti agregou inúmeros amigos. Circulava com uma lambreta vermelha e fazia suas refeições no Farol Hotel, administrado pela acolhedora família Pozzi. Na imagem, percebe-se o padre Mário Pedrotti com o casal Eduardo Festugato e Iara de Quadros, durante o jantar servido aos convidados no casamento.