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Na Itália, cada pequena comunidade exibia sua torre ao lado da igreja. No Brasil, a característica foi "transportada" incólume a bordo dos navios. A rivalidade entre os povoados se manifestava na altura dos campanários, exibindo a união dos moradores e a qualidade de vida das famílias.
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A antiga comunidade da Marcolina, hoje Otávio Rocha, em Flores da Cunha, era uma das mais prósperas das regiões de Nova Trento, na Colônia Caxias, devido à produção da uva e do vinho. Sua igreja, com estilo romano, foi construída no início de 1900. A partir de 1919, os moradores uniram-se para construir um campanário. A obra foi custeada com uma taxa sobre a produção do vinho. Para a construção da parte de pedra, foi contratada a mão de obra de Luiz Segalla. No dia 10 de novembro de 1919, foi realizada a benção da pedra angular.
A inauguração da torre ocorreu em 30 de maio de 1921. Medindo 35 metros de altura, dos quais 25 são pedras, o campanário tem no topo uma estátua de Cristo Redentor executada por Michelangelo Zambelli, em cimento, medindo 2,80 metros.
Os sinos levavam nomes que homenageavam seus doadores: Pierina, cedido por Pietro Molon, e Romana, por Romano Galiotto.O modelo arquitetônico do campanário de Otávio Rocha é semelhante ao do Santuário de Caravaggio; este, por sua vez, foi construído em 1900 e possui uma estátua de anjo na extremidade.
* Com a colaboração de Floriano Molon
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