Um dos estabelecimentos mais tradicionais do bairro São Pelegrino, o Pastifício Caxiense até hoje é lembrado por quem consumiu dois clássicos da gastronomia local: os Biscoitos Pérola e as Massas Alimentícias Diana – aliás, quem não lembra do gostoso cheiro de biscoito percebido desde a Rua Feijó Jr. e seus arredores?
A história do lugar remete ao início dos anos 1950, quando o empresário Martino Dal Pont e os filhos Ary, Dino e Ítalo alugaram uma padaria localizada na Rua Os Dezoito do Forte, pertencente ao Moinho Germani, com a intenção de fabricar massas e biscoitos. Em pouco tempo, o sucesso do negócio impulsionou a transferência da fábrica para a Rua Feijó Jr., em frente a atual Galeria Arte Quadros.
Já em 1954, a empresa mudou-se para outro ponto da via, exatamente onde, nove anos depois, surgiria o novo e amplo prédio, marcando o início do período áureo da empresa. Nas fotos acima e abaixo, alguns momentos da inauguração das novas instalações, em dezembro de 1963. O sócio-diretor Ítalo Dal Pont e um funcionário demonstram o funcionamento do maquinário aos convidados da solenidade, entre eles o Padre Eugênio Giordani e o prefeito Armando Biazus.
Leia mais:
Pastifício Caxiense e outros preferidos dos caxienses em 1954
Pastifício Caxiense: os diplomas da preferência popular em 1954
Padaria e fábrica de massas de Vitorio Pasetti
Venda a granel: ontem, hoje e sempre...
Armazém de Antonio Boz nos anos 1940
Ferragem Caxiense em 1947
Cervejaria Leonardelli em 1952
Acervo preservado pela família Dal Pont
As imagens desta página integram o acervo particular da família de Maria Beatriz Dal Pont. Filha de Dino Dal Pont, Beatriz é chef de cozinha e pesquisadora na área da gastronomia. Em um artigo escrito especialmente para a reportagem de capa do Almanaque deste final de semana, ela aborda a ancestralidade do trigo e a simbologia do pão ao longo da história – um tema intrinsecamente ligado à sua trajetória familiar.
Na imagem abaixo, vemos a adolescente Bea (à esquerda) no estande do Pastifício Caxiense durante a Festa da Uva de 1969. Na sequência estão a princesa Ana Cristina Rodrigues, o governador do RS, Perachi de Barcellos, o ex-prefeito Victorio Trez (encoberto), a rainha Elizabeth Menetrier, os empresários Willy Sanvitto, Dino Dal Pont (pai de Bea), Luiz Gazola (encoberto) e Ary Dal Pont. De costas, o então Ministro dos Transportes do governo Costa e Silva, Mario Andreazza.
Leia mais:
Varejo do Eberle: um clássico do Centro
Varejo do Eberle: presentes que duram uma vida inteira
Recortes da trajetória do comércio caxiense
Colégio La Salle: uma trajetória de 80 anos
Carro alegórico na Festa da Uva de 1965
Uma casa diferente foi o mote para o antigo Pastifício Caxiense homenagear a colonização italiana na Festa da Uva de 1965. Há 50 anos, a empresa levou para a Sinimbu uma lúdica alegoria em formato de bota, representando o país de origem de diversas gerações de consumidores, conforme vemos nas duas imagens abaixo.
Leia mais:
Um ensaio com as soberanas da Festa da Uva de 1965
Industrial Madeireira na Festa da Uva de 1965
Festa da Uva 1965: miss, bomba e cuia no desfile
Os míticos carros alegóricos de Darwin Gazzana
Parceria
Informações desta coluna são uma colaboração de Maria Beatriz Dal Pont e de Tânia Tonet, Charles Tonet e Ana Seerig, autores do livro São Pelegrino Quem Te Viu... Quem Te Vê...
Leia mais:
Museu do Comércio: um retorno aos antigos armazéns
Quem lembra do Refrigerante Marabá?
Anúncio do refrigerante Marabá em 1958
Lembranças da clássica Cerveja Pérola
Cervejaria Leonardelli: rótulos que fizeram história
Confira outras publicações da coluna Memória
Acesse antigos conteúdos do blog Memória