Bom Dia! A Quarta-feira de Cinzas chega silenciosa... O toque das cinzas sobre a fronte é um chamado à essência... Abençoada Quaresma... Muita paz e serenidade, buscando a conversão... Santo dia de jejum e de abstinência de carne!
"Sou pó. Sou um em bilhões. Mas os meus sonhos são diferentes de todos os outros." (Gabriel Chalita).
Somos poeira que se ergue ao vento, partículas que se espalham no tempo, seres que caminham entre o efêmero e o eterno. A cinza sobre a testa nos recorda que nada aqui é permanente, que o corpo se desfaz, que os dias se dissolvem na imensidão do tempo. Mas, entre um sopro e outro, há algo que nos diferencia: a capacidade de sonhar. Nenhum sonho é igual ao outro, pois cada coração bate com um ritmo próprio. O que faz a vida grandiosa não é a extensão dos dias, mas a intensidade com que são vividos. Podemos ser pequenos diante da vastidão do universo, mas carregamos dentro de nós a centelha de algo único. Cada pensamento, cada gesto e cada escolha moldam o que somos e deixam rastros, mesmo que sutis, no caminho dos que encontramos. Ser pó não significa ser insignificante. Ao contrário, significa entender que somos parte de algo muito maior, que a vida não é sobre acúmulo, mas sobre entrega. O pó pode se dispersar, ser levado pelo vento, mas também pode fecundar a terra, pode nutrir aquilo que cresce, pode dar origem ao que virá depois. Assim também somos nós: transitamos pelo mundo sem garantias, mas com a certeza de que cada instante é uma oportunidade de construir algo maior.
A fragilidade nos ensina que a grandeza está no que deixamos no caminho, nas memórias que criamos, no amor que espalhamos. O tempo nos escapa, mas o bem que semeamos permanece. O sorriso compartilhado, a palavra que acolhe, o silêncio que conforta – esses são os rastros que jamais se perdem.
O pó que somos não precisa se perder no esquecimento, mas pode se fundir ao que realmente importa, tornando-se parte da eternidade de quem amamos. Há algo belo em saber que a vida é transitória. Não há tempo a perder com aquilo que não edifica, com o que nos afasta da essência. O que vale a pena é aquilo que nos faz mais humanos, mais plenos, mais vivos. No fim, não importa quão breve seja nossa passagem, mas sim quanta luz deixamos brilhar no tempo que nos foi dado.
Bênção! Paz & Bem! Santa Alegria! Abraço!