O Juventude abdicou de jogar e, por isso, está fora da Copa do Brasil. Sem o ímpeto e a competitividade de outros momentos na temporada, o time alviverde sucumbiu diante dos seus próximos erros e da falta de coragem do técnico Jair Ventura.
A escalação teve novidades, com Luis Oyama formando um trio de volantes. Algo que ainda não havia sido feito em 2024. Sem Nenê e Jean Carlos, o time alviverde apostou nos contra-ataques e lançamentos longos. Faltou transição para que a estratégia tivesse algum efeito.
Após um início de controle parcial do Verdão, a estratégia começou a escorrer pelas mãos. Com espaços generosos para Rodrigo Garro, Charles e Talles Magno, o Corinthians abriu o placar com Romero.
A boa notícia veio com a reação rápida. Primeiro com um gol anulado e depois com outro validado pelo VAR. A tendência era de que a segunda etapa iniciaria com o Juventude mais confiante e tendo espaços para jogar e contra-atacar diante de um rival nervoso.
Porém, o que se viu foi uma equipe que recuou cedo demais. Jair Ventura montou uma linha de cinco defensores com a entrada de Lucas Freitas na vaga de Oyama e chamou o Corinthians para o seu campo. Além disso, ofereceu muito espaço para Charles e Garro, mesmo com três zagueiros e dois volantes.
O 2 a 1 veio de forma natural, em um chute de fora da área de Garro. O melhor jogador do Corinthians, livre, sem marcação. Gabriel, que era o protagonista da partida com grandes defesas, falhou no lance.
Mas não era ele o problema, obviamente. O Juventude não conseguiu respirar no campo de ataque durante a segunda etapa. Sem um meia de criação, com novas mudanças nas extremas e abusando das ligações diretas, o time seguia abdicando de ter a bola. Mesmo assim, parecia que ainda conseguiria levar aos pênaltis, dada a dificuldade de finalização do Timão.
Só que, nos acréscimos, na pedra mais cantada de todas, André Ramalho teve duas chances. No primeiro escanteio, ninguém marcou e Lucas Freitas salvou em cima da linha. No segundo, o mesmo roteiro e a bola morrendo na rede. Mesmo com três zagueiros e um desenho extremamente defensivo, o Juventude saiu de campo sofrendo três gols.
A chance se abriu para o Juventude fazer história, mas faltou coragem para Jair Ventura e concentração para o grupo alviverde. A eliminação foi justa e frustrante.