Não é só mais um caso isolado. Infelizmente.
O homem detido no Centenário é mais um dos que não representa toda a torcida do Caxias ou o povo da nossa cidade, da Serra Gaúcha. Mas, certamente, ele deixa uma marca vexatória em um jogo de futebol que precisaria ser lembrado apenas pelo duelo em campo. Ou pela festa da torcida. Enfim, queria falar só sobre a classificação grená, mas não dá.
Não é a primeira vez que o racismo acontece por aqui. Ele não está em uma ou outra torcida. Está em pessoas. E é até difícil encontrar as palavras certas para dimensionar o tamanho da frustração ao novamente presenciar tal fato.
Provavelmente, não será a último. Só que a mudança, a principal lição de tudo o que aconteceu no Centenário, partiu justamente da arquibancada. A identificação rápida, a ação do clube e da polícia. O fato de entender que quem cometeu o crime precisa pagar por isso. E aí está o próximo passo.
O cidadão (se é que podemos chamar assim) não pode mais sequer entrar em um estádio de futebol. Precisa de uma punição exemplar. Só assim podemos mudar a nossa sociedade para, quem sabe, lá na frente, vermos o resultado.
E aí sim, falar só do resultado, da vitória do Caxias e do momento mágico de Argel Fuchs no comando grená.