
O último e decisivo ato do Juventude foi um resumo de toda a campanha do time na Série B. Dedicação, erros, ansiedade, drama, superação e efetividade. Mais uma vez, fora de casa, a equipe alviverde repetiu o roteiro do melhor visitante da competição. Lutou, soube sair das adversidades e encontrou forças para reagir.
Foi o Juventude que Thiago Carpini resgatou. Tirou da vice-lanterna para levar até o vice-campeonato. Um caminho árduo, cheio de dificuldades, com um grupo que tinha limitações, mas que soube sofrer. No Ceará, mesmo quando teve um atleta expulso, não desistiu. E, quanto a chance apareceu, veio o gol de Jadson.
Aliás, a redenção para o camisa 16, expulso de forma infantil diante do ABC e que era um dos remanescentes do rebaixamento no ano passado. O volante acreditou e foi premiado com o chute certeiro de fora da área.
E por falar em volta por cima, sobraram personagens dentro dessa perspectiva. Erick Farias abriu o caminho para a virada, sacramentada por uma jogadaça de Mandaca com Ruan. Todos, em algum momento, desacreditados e questionados.
No fim, o Juventude acaba com 11 jogos de invencibilidade. Carpini perdeu apenas quatro vezes no comando da equipe. Números impressionantes, mas que talvez não consigam dar a real dimensão, do tamanho e da importância desse feito.
Recolocar a equipe entre os 20 melhores times do Brasil não significa apenas uma mudança de patamar ou no aspecto financeiro. É fazer o torcedor alviverde esquecer, de uma vez por todas, o desastre que acometeu o Alfredo Jaconi em 2022 na Série A.
Uma nova chance se abre para o Juventude entre os gigantes do futebol brasileiro.