Desta vez, não vou nem falar em acreditar. Ou na importância de confiar no resultado. Sequer, pedir para a torcida empurrar o time. Isso tudo já esteve nas páginas do Pioneiro e em alguma das minhas colunas nos últimos anos, às vésperas de um confronto do acesso do Caxias.
Para este domingo, quero falar sobre a mudança. Aquela que gera ansiedade, que cria expectativa, mas que, no final, traz algo muito desejado. Enfim, chegou a hora de o time grená mudar. De status, de atitude. Mudar de série. Mudar de perspectiva.
São oito anos sofrendo no inferno da Série D do Brasileiro. E foi preciso aprender da forma mais dolorosa possível que não bastava ser o time mais forte, o mais técnico ou aquele de maior tradição para sair deste calvário.
Por aqui, passaram técnicos e jogadores jovens e experientes. Foram montados grupos mais cascudos e outros que conheciam bem a Série D. Mas tudo isso não foi suficiente.
Foi preciso errar, dentro e fora de campo, para ajustar os ponteiros e se fortalecer. Foi preciso mudar.
O Caxias que entrará em campo diante da Portuguesa-RJ, neste domingo, mudou muito em relação ao que disputou a Série D do Brasileiro de 2016. E para melhor.
Dentro das quatro linhas, o time de 2023 pode até não ser o mais qualificado dos últimos anos, mas certamente vai competir mais, vai lutar mais, porque cada um que está no vestiário do Estádio Centenário, seja ele jogador, dirigente ou funcionário do clube, sabe o peso que tem essa decisão para a história e o futuro da instituição.
Chega de amarelar, chega de não encontrar soluções para o desfecho positivo nas quartas de final. Neste domingo e no próximo sábado, lá no Rio de Janeiro, o Caxias vai buscar o seu primeiro acesso nacional. E o seu grande sonho de consumo: mudar de divisão.