
O tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a repercussão mundial, com resposta do governo chinês na mesma moeda, reverberam em Caxias do Sul. E não poderia ser diferente. O município é um importante polo industrial e tem negócios tanto com a China quanto com os Estados Unidos.
Presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias (CIC), Celestino Loro tocou no assunto durante a reunião-almoço desta segunda-feira (14). Pediu "análise fria, sem alarmismos" para "compreender onde estão os riscos, mas também onde estão as oportunidades".
"Nosso tempo é de transformações profundas e rápidas. A aparente guerra comercial entre grandes potências vai muito além do que os olhos veem. Por trás das tarifas e sanções está uma batalha pelo domínio de tecnologias-chave: semicondutores, telecomunicações, armamentos, inteligência artificial, plataformas digitais, cadeias de suprimento. Até mesmo o valor das moedas está em disputa. A economia de Caxias do Sul, com seu forte vínculo com o comércio internacional com o mundo, precisa estar atenta. Precisamos de análise fria, sem alarmismos, e de diplomacia pragmática para compreender onde estão os riscos, mas também onde estão as oportunidades. Em momentos como este, o Brasil precisa mostrar grandeza: no diálogo, na leitura estratégica dos cenários e na capacidade de se posicionar com inteligência em mercados de escala e de impacto global", disse em seu discurso antes da palestra com Marco Aurélio Raymundo, fundador da Mormaii.