
Empresa do setor de robótica, a Dalca Brasil irá abrir ainda neste mês uma filial nos Estados Unidos. A nova unidade deve ser instalada na Flórida e irá absorver a parte comercial e o pós-venda da marca em solo americano. A fabricação continuará na matriz, em Bento Gonçalves.
A meta, conforme Bruno Dal Fré, CEO da Dalca, é alcançar em três anos 50% de exportação para a América do Norte. Hoje, o percentual é muito pequeno, segundo ele.
— Estamos nos preparando há dois anos para esse salto — diz.
Bruno está nos Estados Unidos para cuidar dos tramites burocráticos para abertura da filial e também para participar, até esta terça-feira (15), da CastExpo 2025. A feira em Atlanta é voltada à cadeia de suprimentos de fundição de metais. Realizada a cada três anos, reúne milhares de profissionais do setor e é considerado o maior da América do Norte
No evento, a Dalca expõe a FlexDeb, uma máquina para acabamento automatizado em peças fundidas. O equipamento já está vendido para a Fundilag, do México.
Desde o início, em 2007, a empresa sempre teve forte laços com organizações do Exterior. O negócio está alicerçado em um acordo de cooperação tecnológica com a Casarini Robótica, da Itália, além de parcerias players globais de robótica e automação.
A Dalca já foi reconhecida como a segunda maior integradora no país da Kuka, empresa alemã. A caminhada internacional da Dalca também conta com a colaboração da Trascar, líder italiana em logística automatizada.
Sem grande impacto com o tarifaço
A tarifa de 10% imposta para produtos importados do Brasil não deve impactar os negócios da Dalca, acredita Bruno. Como os principais concorrentes da empresa são os europeus e os asiáticos, que sofreram um tarifaço maior do governo de Donald Trump, Bruno vê que a Dalca poderá ter vantagem:
— A demanda de mão de obra no EUA é muito alta e nós estamos estrategicamente bem posicionados.