Trocar impressões de vida com a médica ginecologista e obstetra Fernanda Ronchetti é sempre um aprendizado. Ela é testemunho de dedicação e de empatia enfatizada pelo amor pela profissão. Questionada sobre o que é o bom da vida, ela responde com um sorriso largo: “são as pequenas alegrias cotidianas que fazem tudo valer a pena.”
Caxiense, Fernanda é filha de Delfino Ronchetti (in memoriam) e Leonor Maria Grezzana Ronchetti, sua mãe amantíssima que, na tenra idade, já a ensinava que com fé viva e amor ao próximo poderia superar qualquer adversidade com perseverança, humildade e coragem. “O aprendizado, desde a infância se deu na mesma medida dos meus oito irmãos. Eu já demonstrava uma curiosidade insaciável e um desejo latente de ajudar os outros”, conta Fernanda, dona de uma confiança inabalável em Deus.
Formada em medicina pela PUCRS, em 1991, especializou-se em Ginecologia e Obstetrícia, em 1994, pela mesma instituição. Atualmente, exerce a profissão nos setores público e privado, além de ser a elogiada conselheira do Cremers e Delegada do Conselho Regional de Medicina – seccional de Caxias do Sul. Para ocupar este cargo foi convocada com a chancela do presidente da entidade, o médico Eduardo Trindade, e recomendada pelo pai dele, Manoel Trindade — hoje, professor titular de cirurgia na UFRGS e mestre dela durante a graduação. Fernanda também é membro de destaque na Diretoria Social da Liga Feminina de Combate ao Câncer - Núcleo Caxias do Sul, desde 2017, ano em que sua filha Maria Fernanda Ronchetti Grillo conquistou o título de Glamour Girl e, aos 22 anos, é acadêmica de Medicina seguindo os passos assertivos da mãe.
“Conciliar a maternidade com a Medicina foi um desafio diário, mas minhas filhas, Catarina, de 18, e Maria Fernanda, me orgulham com um olhar único e empático”, traduz com a satisfação em perceber nelas o mesmo vigor de vencer na vida. “Elas me influenciam positivamente e me motivam a continuar aprimorando meu trabalho e a ser um exemplo”, diz.
A boa fase em que Fernanda vive, diferentemente de muitas mulheres, é porque ela, com grande conhecimento de causa, descobriu no climatério incontáveis possibilidades e realizações. “As principais mudanças hormonais durante essa fase podem ser conturbadas, mas, com esclarecimento e apoio, as mulheres são capazes de atravessar com tranquilidade”, afirma. Ela utiliza as mídias sociais e palestras que profere para desmistificar mitos sobre a vida feminina, educando e informando pacientes de maneira acessível. É muito comum ela ser abordada dentro e fora do consultório com mensagens genuínas de gratidão pelas vidas que toca.
“A terapia hormonal pode ser benéfica para as mulheres em muitos aspectos, mas é crucial gerenciar os riscos com cuidado”, explica Fernanda. “O aprimoramento contínuo é uma prioridade para mim”, complementa.
Ao destacar a importância da constante atualização profissional, Fernanda se debruça em obras como “O Tratado de Direito Médico Ético”, de Rodrigo Tadeu de Puy e Souza, e “O Jeito Harvard de Ser Feliz”, de Shawn Achor, ratificando seu pendor pela cultura creditada desde os tempos em que se dedicava ao piano. “Aos seis anos, já tocava em recitais em Porto Alegre e aqui, na Casa da Cultura”, revela, com brilho vívido nos olhos, uma característica explicita em sua personalidade.
Ao longo da carreira, Fernanda enfrentou desafios pessoais significativos, como o câncer de útero, em 2017, e saiu mais forte e resiliente. “Essas experiências moldaram minha abordagem humanizada na relação médico e paciente”, declara.
Para as jovens que consideram seguir a carreira médica, nossa entrevistada oferece um conselho motivador: “querer é poder. A concorrência sempre vai existir, mas a dedicação e a paixão pelo ofício farão toda a diferença. Nunca deixem de acolher quem precisa.”
Fernanda está envolvida em projetos de pesquisa voltados para a Ginecologia e Obstetrícia, sempre buscando novas maneiras de contribuir para a especialidade. “Combato com vigor o exercício ilegal da Medicina e defendo convicta os direitos dos profissionais”, enfatiza.
Ela é uma referência. “A felicidade é minha companheira constante e a plenitude vem de viver com propósito e voluntariado”, conclui. “Queria que o dia tivesse mais de 24 horas, mas cada momento é precioso.”
Com sua trajetória marcada pela excelência e empatia, Fernanda Ronchetti segue brilhante para todos aqueles que, assim como ela, buscam fazer a diferença.
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Raio-X:
- Gostaria de ter sabido antes… que me realizaria tanto na minha atual fase. Nunca é tarde para se sentir bem e percorrer novos caminhos.
- Um momento que me orgulho: a superação do câncer, a satisfação em perceber nas minhas filhas o vigor de vencer na vida e saber que o desejo delas é seguir meu legado profissional e de determinação.
- Um elogio: agregadora e vibrante. Dizem que meus olhos falam.
Vem aí: Fernanda palestrará, dia 26, às 19h30min, sobre o Impacto das Emoções no Corpo, no Quinta São Luiz