O jornalista Ciro Fabres colabora com a colunista Rosilene Pozza, titular deste espaço
Como era esperado, foi equilibrada a votação pela Câmara de Caxias do Sul da moção de apoio à inclusão dos serviços educacionais, por meio da oferta de aulas presenciais em escolas públicas e privadas, como atividade essencial. A moção resultou aprovada por 13 votos a 8, mas gerou no plenário o debate que toma conta da sociedade.
No momento mais agudo da pandemia, a moção defende as aulas presenciais e oferece um raio-x do que pensam os vereadores. O documento assinado por 10 parlamentares menciona que "a maioria dos países fechou suas escolas por pouco mais de 20 semanas, no Brasil, as crianças e os adolescentes ficaram longe da sala de aula pelo dobro do tempo: 40 semanas". Ressalta a realidade nacional, em que "quase 50 milhões de estudantes ficaram entregues à própria sorte, principalmente aqueles matriculados em escolas públicas, que são cerca de 80% desse número. Destes, cerca de 25% sequer têm acesso à internet". Quanto à segurança dos professores, o grupo sugere ao governo gaúcho a inclusão dos professores na lista das categorias prioritárias para a vacinação.
Zé Dambrós (PSB) ponderou:
— Se um professor se contaminar, quanto demorará para a reposição? É preciso cuidado porque o vírus está matando.
E Tatiane Frizzo (PSDB) questionou:
— Será que, em bandeira preta seria o momento adequado para retornar às aulas?
Cópias da moção serão remetidas aos comandos do governo gaúcho, da Secretaria Estadual de Educação, da Assembleia Legislativa e aos deputados estaduais, federais e senadores gaúchos.
COMO VOTARAM
:: SIM (13): Adriano Bressan (PTB), Alexandre Bortoluz (PP). Clovis de Oliveira (Xuxa, PTB), Elisandro Fiuza (Republicanos), Felipe Gremelmaier (MDB), Gladis Frizzo (MDB), Juliano Valim (PSD), Mauricio Marcon (Novo), Maurício Scalco (Novo), Olmir Cadore (PSDB), Ricardo Daneluz (PDT), Sandro Fantinel (Patriota) e Wagner Petrini (PSB).
:: NÃO (8): Denise Pessôa (PT), Estela Balardin (PT), Gilfredo De Camillis (PSB), Zé Dambrós (PSB), Lucas Caregnato (PT), Marisol Santos (PSDB), Renato Oliveira (PCdoB) e Tatiane Frizzo (PSDB).
* O vereador Rafael Bueno (PDT), com covid, não participou. O presidente Velocino Uez (PTB) não vota.